quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Para liderar é preciso ter tempo, paciência e vontade






Um profissional para conseguir que as coisas sejam feitas, e bem feitas através das pessoas, precisa entender que o processo é dinâmico e complexo. Não basta ser excelente tecnicamente, conhecer de processos, ser poliglota, ter uma formação em uma renomada instituição de ensino ou até mesmo colecionar MBAs, além de ter todas essas coisas, é necessário entender de gente.

 Para uma boa definição e compreensão é importante fazer algumas distinções: 

  Líder é alguém que está inserido numa situação concreta. A pessoa que está num papel formal de líder pode ou não possuir as capacidades de liderança e ser ou não capaz de liderar.

   Liderança se relaciona fundamentalmente com as habilidades da pessoa, suas capacidades e grau de influência. Boa parte da liderança procede de pessoas que não são “líderes formais”.

   Liderar é o resultado de utilizar o papel e a capacidade de liderança da pessoa para exercer influência, de alguma forma, sobre as outras pessoas.

A pessoa que vai assumir o comando sobre outras pessoas, tem que estar muito bem preparada. A tarefa mais árdua que existe é transformar um profissional sem perfil de liderança em líder. Envolve equilibrar os dois hemisférios do cérebro. A pessoa precisa querer muito, estar não só determinada, mas obstinada. O que na maioria das vezes ocorre é quem quer muito é a empresa e não o profissional em questão.

Antes de assumir cargos de maior hierarquia, é necessário o autoconhecimento de forma mais profunda. Como eu normalmente reajo diante de uma situação do dia a dia? Qual é a impressão que passo aos outros? Quais são meus pontos que necessitam de melhoria? Quais são meus valores? Sou o que sonhei ser? Qual meu grau de paciência? Sei ensinar? Sei cobrar? Como faço isso? Sou exemplo? De que? Para quem?
  
Esse processo é doloroso e muitos não estão amadurecidos para isso.

Agora, se a pessoa não consegue olhar-se profundamente, recusa-se a assumir e desenvolver seus gaps comportamentais, como pode liderar?

O grau de responsabilidade de uma pessoa para com seus liderados é absurdamente grande. Uma atitude, uma fala, um comando, pode mudar a estrutura emocional de um funcionário, ter consequencias na família, na empresa, na vida.

Lidamos com todos os tipos de pessoas. Pessoas com autoestima baixa, pessoas com maior ou menor grau de resiliência, pessoas tímidas, muitos acumulam traumas, capacidades cognitivas diferentes. Alguns são detalhistas, lineares, outros são mosaicos, proativos, reativos, uma infinidade de perfis que precisam ser respeitados e usados de forma estratégica e inteligente.

A adversidade de perfis é que faz o trabalho em equipe ser dinâmico e desafiador.

A essência da mudança intra e interpessoal está atrelada à sua capacidade de observação do comportamento e da linguagem. Um aprimoramento constante, construído com comentários que provocam respostas imediatas ou retardadas em você (intra) ou nas pessoas a sua volta (inter). Isso traz o autoconhecimento e o conhecimento do outro. A jornada é grande, pois um outro é diferente do outro.

Claro que um processo de seleção é vital dentro de uma organização. Ajuda, e muito, a quem exerce a liderança.

Escolher o perfil comportamental desejado para cada área é um trabalho quase artístico. O perfil comportamental exigido para o cargo de vendedor é completamente diferente do exigido para o cargo de comprador. Enfim, cada setor tem suas peculiaridades.
  
Conhecer pessoas, saber como elas reagem e tirar o melhor de cada uma delas é um trabalho que demanda tempo, vontade e paciência. No início, como quase tudo, é mais árduo, mas com o tempo se torna ameno. 

O mais importante de aprender a lidar com o outro, é mostrar na prática que você o respeita e a reação a essa ação é a confiança. 

A confiança trocada entre líder e liderado é excelência!

Carla Tambellini
coach e facilitadora da Central do Trabalho RH

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

A Fila Anda! Atente-se!



                                     Foto: blog palavra ácida




A Fila Anda! Atente-se!


A capacitação e a especialização são essenciais para quem deseja ingressar e se manter no mercado de trabalho, que a cada dia está mais competitivo. 

Na mesorregião de Ribeirão Preto, o setor sucroalcoleiro teve um desenvolvimento considerável. Encontra-se nessa região um grande número de usinas que nos últimos anos tem passado por um processo de reestruturação. Com uma produtividade média superior à maioria das regiões produtoras do país, fato que permitiu sua expansão da produção sem aumento significativo da área plantada, ocasionou o desenvolvimento da indústria de máquinas, de engenharia de equipamentos, de insumos agrícolas, gerando assim efeitos positivos para todas as atividades econômicas da região.
Outro aspecto de grande contribuição no desenvolvimento é a vinda da coogeração de energa.

Hoje, essa mesoregião exibe um invejável vigor produtivo, de geração de emprego e riqueza. Essa realidade exige muita qualificação técnica e comportamental de seus colaboradores, em todos os níveis hierárquicos.

A carência de profissionais técnicos e de nível superior é grande e existe em várias áreas. O problema não é a quantidade e sim a qualidade dos profissionais.
O número de contratação menor do que a quantidade de vagas ofertadas se deve à falta de qualificação dos candidatos, que nem sempre atendem aos requisitos técnicos da vaga em aberto e das exigências da empresa no que diz respeito à liderança, postura profissional, visão sistêmica, entre outras.

O mercado de trabalho está cada vez mais competitivo. Os profissionais precisam acompanhar o desenvolvimento e as exigências. A empresa vai optar pelo profissional qualificado, pois qualificar demanda tempo, investimento, e não há garantia de fidelidade desse profissional.

Já ouvi de muitos empresários a mesma frase... “Cansei de ser fornecedor de mão de obra qualificada!”

É comum após a empresa, treinar, qualificar, investir em MBA, sistema integrado, entre outros, o funcionário migrar para o concorrente ou outra empresa sem o menor olhar de gratidão e por uma pequena diferença no holerite ou por algum benefício a mais. O que abordo nesse parágrafo não tem nada a ver com programa de retenção de talentos.

Reter talentos é indiscutivelmente necessário e vantajoso para ambos, colaborador e empresa. Isso inclui salário, participação, bonificação, plano de carreira, autonomia, entre outos.

A empresa hoje, que não se atentar aos três pilares que são Recursos Financeiros, Recursos Tecnológicos e Recursos Humanos, por mais moderna e automatizada que ela seja, não se sustentará.

A responsabilidade deve ser de todos. Da empresa na manutenção da qualidade e retenção, do profissional, do Funcionário em estar buscando qualificação com proatividade, sem esperar que a empresa o faça. Os órgãos governamentais buscando um ensino de qualidade em todos os níveis, desde o infantil até o curso profissionalizante, e as instituições de ensino superior, que devem responder a estas carências.

Carla Tambellini
coach e facilitadora da Central do Trabalho RH