quinta-feira, 27 de outubro de 2011

A Busca


A busca é algo que percorre a mente de várias pessoas. Pode ser pela essência, pela missão de vida, pela qualidade de vida, pelo poder, pelo sucesso, pelo dinheiro, por reconhecimento, busca pela espiritualidade, pela felicidade, pela paz. Enfim, cada um tem a sua. O interessante é que nem sempre o que as pessoas buscam é o que necessitam, então, acontece algo incrivelmente divino. O fracasso!


O fracasso para mim é a grande oportunidade da mudança. É o feedback de Deus quanto ao caminho que se escolheu, ou até mesmo quanto de si e de seu talento está imprimindo no que se busca.

A força com a qual imprimo é pertinente? É pouca? Estou tomando as rédeas ou apenas delegando minha busca? É muita a força? Está causando prejuízos aos outros?

Vejo uma confusão muito grande nas pessoas quanto ao significado de sucesso. Escuto muito que tal pessoa atingiu o sucesso, pois construiu fortuna, poder. Sucesso jamais esteve atrelado a status e dinheiro.

Sucesso é conseguir atingir o que realmente precisa-se. Se o que se precisa é de simplicidade, quando conseguir abrir mão do resto, terá sucesso. Acredito que ter sucesso é saber desafiar não aos outros, mas a si próprio.


Carla Tambellini

coach e facilitadora da Central do Trabalho RH

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

A gente se acostuma, mas não devia


 Salvador Dalí - Sono


Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.

A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos e não ver vista que não sejam as janelas ao redor. E porque não tem vista logo se acostuma a não olhar para fora. E porque não olha para fora, logo se acostuma e não abrir de todo as cortinas. E porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, se esquece do sol, se esquece do ar, esquece da amplidão.

A gente se acostuma a acordar sobressaltado porque está na hora. A tomar café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder tempo. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E não aceitando as negociações de paz, aceitar ler todo dia de guerra, dos números, da longa duração. 

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: “hoje não posso ir”. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisa tanto ser visto.  

A gente se acostuma a pagar por tudo o que se deseja e necessita. E a lutar para ganhar com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagará mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.  

A gente se acostuma a andar nas ruas e ver cartazes. A abrir as revistas e ler artigos. A ligar a televisão e assistir comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos. 

A gente se acostuma à poluição, às salas fechadas de ar condicionado e ao cheiro de cigarros. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam à luz natural. Às bactérias de água potável. À contaminação da água do mar. À morte lenta dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinhos, a não ter galo de madrugada, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta por perto.  

A gente se acostuma a coisas demais para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta lá.

Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente só molha os pés e sua o resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem muito sono atrasado.

A gente se acostuma a não falar na aspereza para preservar a pele. Se acostuma para evitar sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito.
A gente se acostuma para poupar a vida. 

Que aos poucos se gasta, e que, de tanto acostumar, se perde de si mesma.   

Marina Colassanti

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

A Síndrome do Sapo Fervido



Vários estudos biológicos provaram que um sapo, colocado num recipiente, com a mesma água de sua lagoa, fica estático durante todo o tempo em que aquecemos a água, até que ela ferva. O sapo não reage ao gradual aumento da temperatura (mudança de ambiente) e morre quando a água ferve, inchadinho e acomodado. Por outro lado, outro sapo que seja jogado nesse recipiente já com água fervendo salta imediatamente para fora. Meio chamuscado, porém vivo!

Alguns profissionais têm um comportamento similar ao do sapo fervido. Não percebem ou não aceitam as mudanças, acham que está tudo bem, que vai passar, que é só dar um tempo! E ficam desatualizados, ou fazem um grande estrago em suas carreiras, morrendo inchadinhos e acomodados, sem terem participado ativamente das mudanças. Outros, felizmente, ao serem confrontados com as transformações, pulam, saltam, em ações que representam, na metáfora, as mudanças necessárias.

Temos vários sapos fervidos por ai. Prestes a morrer, porém boiando estáveis e impávidos, na água que se aquece a cada minuto. Pessoas que não percebem, que além de serem eficientes (fazer certo as coisas), precisam ser eficazes (fazer as coisas certas). E que, para isso, o clima interno tem que ser favorável ao crescimento pessoal e profissional, com espaço para o diálogo, para a comunicação clara, para o compartilhamento, para o planejamento e para uma relação saudável.

O desafio ainda está na humildade de atuar de forma coletiva. Fizemos durante muitos anos o culto do individualismo. A turbulência exige, hoje, o esforço coletivo que é a excelência e eficácia como resposta. Tornar as ações coletivas exige, fundamentalmente, muita competência interpessoal para o desenvolvimento do espírito de equipe, exige saber partilhar o poder, delegar, acreditar no potencial das pessoas e saber ouvir.

Os sapos fervidos, que ainda acreditam que o fundamental é somente a obediência e não a competência, que manda quem pode e obedece quem tem juízo, “boiarão” no mundo da produtividade, da qualidade e da informação.

Acordem sapos fervidos, saiam dessa, o mundo mudou! Pulem fora antes que a água ferva. Este país, precisa de vocês vivos, meio chamuscados, mas vivos e prontos para agir, para enfrentar este desafio do mundo globalizado.

Texto extraído de um artigo de Charley Gill

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Querer é sim um poder



O momento em que vivemos no mundo é o de buscar a nossa essência, do nosso verdadeiro EU, que durante séculos foi deixado em segundo plano. Buscávamos o nosso EU sob a orientação da sociedade, das diretrizes, das tradições, das religiões, dos dogmas, das criações, das metas e dos objetivos preestabelecidos, apesar de nós sermos constituídos de um universo individual.


Somos seres extremamente poderosos, pois basta olharmos para algumas das realizações dos homens e veremos que realmente “o querer é um poder” e que esse poder habita dentro de cada um de nós. Olhe ao seu redor e veja o exemplo de pessoas que conquistaram aquilo que consideramos impossível. 

Precisamos assumir a direção de nossas vidas, conquistas, fracassos, desilusões, decepções, precisamos parar de culpar os outros e a sociedade pelos nossos fracassos e dificuldades.

Em primeiro lugar devemos pensar que somos capazes de mudar o nosso destino, mudar o nosso estado, nossa situação, nossa condição, porém, para isso é preciso unir todas as nossas forças internas e externas (fé) e lutar, batalhar, nos esforçar, pois não existe vitória sem luta ou esforço.

Determinação, perseverança, fé, são os principais ingredientes/ combustíveis para nossa luta/ batalha. O seu sucesso e o seu fracasso dependem única e exclusivamente de você, dependerá de suas atitudes frente às adversidades que a vida lhe apresentará e posso lhe garantir que o caminho não será curto e nem tão pouco fácil.
Um dia eu me recordo que me encontrava em uma situação muito complicada, minha vida profissional estava estagnada, não conseguia sair do lugar, cheguei ao que muitos denominam “fundo do poço”, mas um dia acordei pela manhã e disse para mim mesmo “eu determino que a partir de hoje sairei dessa situação e alcançarei os meus objetivos pessoais e profissionais”. 

E daquele dia em diante mudei a minha frequência e os meus pensamentos, passei a me sentir culpado de me encontrar diante daquelas dificuldades e adversidades, porém passei a não mais aceitar aquela condição e passando a sonhar e lutar com todas minhas forças para sair de onde me encontrava.

Tracei as minhas metas e os meus objetivos, planejei as minhas ações, mas o mais importante é que passei a acreditar nos meus sonhos e acreditar em mim mesmo, pois me lembrei de uma passagem bíblica “tudo posso naquele que me fortalece”, e passei encarar as minhas adversidades como verdadeiras batalhas, passei a comemorar cada conquista por menor que fosse e assim fui construindo meu caminho. 

Parei de me lamentar e de ouvir lamentações das pessoas que me acercavam, literalmente assumi o controle de minha vida e de meus passos, passei a firmar em meus pensamentos os meus objetivos e assim fui vencendo, crescendo e conquistando aquilo que almejava e que havia determinado anteriormente.

Você que esta aí desanimado, reclamando de sua situação, pare, pense, e aja, não de ouvidos ao mundo que diz “você não é capaz”, “você não pode”, pois o mundo sempre nos classificou, e ainda nos classifica como se fossemos um padrão único de emoções e razão, ou um só lote, mas somos muito mais do que isso,“somos capazes de realizar o impossível” somos capazes de mudar o nosso destino, somos capazes de conquistar o impossível, somos capazes de alcançar tudo aquilo que almejarmos/ desejarmos.

Sonhe, lute, se esforce e nunca deixe de acreditar em você, pois dentro de você existe uma força sem dimensões que a ciência não explica, mas que já mudou a vida de muitas pessoas e que poderá também mudar a sua, basta apenas acreditar e agir.

Encontrar o nosso verdadeiro EU que muitos denominam de o “Grande Ser” em nossas vidas não é uma tarefa fácil, mas é a tarefa que mudará a sua vida e o seu destino.

Reativar, encontrar, usar e vivenciar essa chama, é o equilíbrio que precisamos conquistar para vencer a presente etapa de nossa vida na forma humana.

Carlos Eduardo Garcia Moreno Balcarse.
Psicanalista - CEO da Central do Trabalho Recursos Humanos e Diretor da Rede Desempregados


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