segunda-feira, 18 de junho de 2012

Sozinho entre muitos e a Virtualização das Relações


Quantas vezes nos sentimos sozinho no meio da multidão?

Com o advento da tecnologia e a chamada "virtualização" das relações humanos estamos nos distanciando das pessoas, mesmo estando próximos.
Vejo isso como um caminho sem volta, caso não tomemos conhecimento de que não vivemos sozinhos. Os indivíduos estão a cada dia que passa mais individualistas e individualizados, não temos mais o contato humano que tínhamos há tempos atrás.
Não precisamos mais sair de casa para conversas com nossos amigos, pois além do e-mail, skype, temos as chamadas redes de relacionamento e sendo assim a "virtualização" nos tornou seres "virtuais".
Uma outra questão importante para que pensemos é o fato de que pela internet pode ser, fazer, falar aquilo que quisermos, o que na vida real nem sempre podemos SER, FAZER e FALAR.
O advento da tecnologia é extremamente importante, porém as relações humanas são mais importantes e por esta razão precisamos rever nossos conceitos.
Especialistas dizem que a "loucura" pode ser comparada a criação de um "mundo paralelo" e na internet nós criamos este mundo "paralelo" onde podemos "ser" aquilo que quiser, mas, no entanto, esta criação não é saudável, pois deixamos de "ser" nós mesmos e até mesmo perdemos a nossa noção de realidade (identidade).
Precisamos nos preparar para encarar o mundo virtual de forma que não atrapalhe a nossa realidade cotidiana e vale ressaltar que as relações humanas são fundamentais para o nossos crescimento e desenvolvimento pessoal.
Analiso muito os efeitos deste processo de "virtualização" e tenho notado que as nossas crianças estão literalmente "perdendo" sua infância em frente de um computador e este processo não é saudável e nem tão pouco salutar.
O que fazer?
Muitos pais dizem que devido à insegurança preferem deixar seus filhos sob seus olhos, porém esta conduta terá um preço na formação dessas crianças e um dia elas se darão conta que "perderam" os melhores momentos de suas vidas.
Vamos refletir.
Carlos Eduardo Balcarse – Psicanalista.

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