segunda-feira, 30 de julho de 2012

5 patrocinadores vilões das Olimpíadas de Londres

Apesar de terem investido cifras altíssimas nos jogos, algumas empresas podem voltar para casa sem medalha e sem a simpatia do público


Os Jogos Olímpicos são reconhecidos historicamente por promoverem a união dos povos e, geralmente, deixam um legado positivo, sem grandes polêmicas. Entretanto, por envolverem praticamente todas as nações do mundo e também serem uma gigantesca plataforma de negócios, nunca passam ao largo do contexto político-econômico do período em que são realizados.
Apesar de todo o ar de fraternidade, os jogos já foram boicotados, alvo de terroristas, palco para protestos de atletas e até de uma tentativa fracassada do regime nazista de propagar seus ideais para o mundo (que acabou indo por água abaixo quando um atleta negro derrotou um alemão).
Agora, em meio a todos os debates sobre sustentabilidade e vida saudável, além de – claro – uma forcinha do poder de repercussão e mobilização da internet, a polêmica da vez envolve alguns dos grandes patrocinadores do evento. Manifestantes e até mesmo parlamentares de Londres já teceram duras críticas à presença de algumas marcas, alegando que elas têm valores contraditórios com os dos Jogos.
Veja abaixo 5 marcas que, apesar de terem investido cifras altíssimas nas Olimpíadas, estão sendo vistas como vilãs do evento.

McDonald's

Apesar de todos os esforços para fugir do estigma de fabricante de comidas não-saudáveis, a marca de lanches tem sido um dos maiores alvos dos manifestantes e também da Câmara de Londres, que pediu sua saída do evento. A alegação é de que uma empresa que vende alimentos que contribuem para o aumento dos índices de obesidade infantil e outras doenças decorrentes da má alimentação não poderia estar associada a um evento esportivo.

Coca-Cola

A Coca-Cola sofre os mesmos ataques que a McDonald's e também foi citada pela Câmara de Londres. O detalhe é que, assim como a empresa do Ronald, a marca de bebidas é patrocinadora histórica dos Jogos.

Dow

Gigante do setor químico, a empresa foi responsável por um grande desastre em Bophal, na Índia, quando 40 toneladas de gases tóxicos vazaram de uma fábrica de pesticidas sua. Apesar de o acidente ter ocorrido em 1984, ambientalistas britânicos não esqueceram.

BP

A British Petroleum também foi responsável por um desastre ambiental. E por não fazer muito tempo, ainda está no megafone dos manifestantes. Para quem não lembra, foi uma plataforma da companhia que derramou cerca de 4 milhões de barris de petróleo no Golfo do México em 2010, depois de explodir e matar 11 pessoas.

BMW

Até a charmosa marca de carros acabou sendo atingida pela ira dos politicamente corretos. Apesar de terem chegado com toda pompa aos Jogos e, inclusive, defendo o tema da sustentabilidade, seus carros utilizados como transportes oficiais são sedãs não muito econômicos, que exigem bastante gasolina para percorrerem as ruas de Londres.

Mais uma

Por fim, embora não seja uma empresa, até a administração de Londres entrou no bolo das odiadas. Apesar de toda a contenção de gastos e aumento de impostos por causa da crise, a cidade ofereceu isenção de impostos para a venda de produtos das marcas patrocinadas, além de montar um grande esquema de fiscalização, junto ao comitê organizador dos jogos, para evitar que qualquer outra empresa – um pipoqueiro que seja – use a marca olímpica. A boa notícia é que os grandes patrocinadores não aceitaram o desconto fiscal (e, convenhamos, nem precisavam mesmo, né?). 

terça-feira, 24 de julho de 2012

Como aprender no dia a dia


A rotina é uma das principais formas de você adquirir conhecimento. Saiba como aproveitar cada situação no seu trabalho

Lidar com o erro

Lidar com o erro

Não tente esconder o erro. Será pior se perceberem que, além de errado, você foi omisso. Entenda os motivos que o levaram a falhar e pense em uma forma de mitigar as consequências negativas. Assuma sua responsabilidade oferecendo uma solução para o problema. É importante reconhecer os erros como uma rica forma de aprendizado. 


Novos desafios
Uma boa forma de acelerar seu desenvolvimento é candidatando-se a assumir novos desafios. Você pode participar de projetos especiais ou de grupos multidisciplinares. Mas, atenção: antes de qualquer coisa, dê conta de seu trabalho. Dificilmente seu chefe vai deixá-lo assumir tarefas novas ou paralelas se você não cumpre seus compromissos. 


Demonstre interesse sobre o projeto ou a área em que quer trabalhar. Entenda de que forma pode cooperar. "Mostre que você está pronto", diz Adriana Prates, presidente da Dasein Executive Search. 

Solução de problemas
Não hesite em perguntar quando tiver alguma dúvida. Ter coragem para revelar que você desconhece algo é uma grande qualidade. Descubra quais as pessoas ou as fontes de informação que poderão ser úteis, pesquise e converse. 


Como contou a advogada Izabela Sampaio, ela nunca se sentiu constrangida em bater na porta do departamento vizinho para se apresentar e pedir ajuda para seus problemas. "Muitas vezes a solução de uma questão da minha área está no departamento ao lado". 

Relação com profissional experiente
Desarme-se de preconceitos. Esqueça se o profissional mais experiente não faz seu estilo, se ele é muito mais velho ou mesmo se as referências que lhe deram sobre ele são negativas. Entenda que vocês estão começando a construir uma relação. 


Ouça que ele tem a dizer e entenda como o seu conhecimento e a sua experiência podem contribuir para o bom desempenho de ambos. "Quem está começando deve mirar em bons exemplos de pessoas mais experientes e tentar ser igual", afirma Adriana Prates, da Dasein. 

Diante do fracasso
A primeira coisa a fazer é aceitar que o mundo não acabou. "A maioria das pessoas não sabe lidar com o fracasso", diz Amy Edmondson, professora da Harvard Business School. Drible a frustração dando atenção e energia para novas oportunidades. 


Faça algumas perguntas a você mesmo. O que posso aprender com isso? O que farei da próxima vez que isso acontecer? A dica é não transformar a falha em tragédia. 

Projetos em equipe
A capacidade para trabalhar em grupo é uma das habilidades mais requisitas e das mais difíceis de desenvolver. Quem trabalha em equipe precisa aprender a ouvir. 


"Uma competência importante é construir relacionamentos, criar empatia. É preciso colocar-se no lugar do outro", diz Luiz Carlos Cabrera, da Amrop Panelli Motta Cabrera

quarta-feira, 18 de julho de 2012

5 situações onde delegar é um erro

delegar

Envolver os funcionários no desenvolvimento de projetos nem sempre é produtivo. Veja cinco situações em que é melhor centralizar a execução


Especialistas em gestão insistem em dizer o quão importante é envolver os funcionários no desenvolvimento de projetos, dando autonomia e respeitando seus métodos de trabalho. "A prática da delegação libera o líder para funções mais nobres, como questões estratégicas e tomadas de decisão", diz o consultor Miguel Vizioli, autor do livro Liderança — A Força do Temperamento (Editora Saraiva).
As cartilhas dos cursos de administração afirmam que, quanto mais delegar, mais líder o profissional se torna. Passar adiante uma tarefa importante é sinal de confiança e uma forma de desenvolver o subordinado. Porém, é preciso ter alguns cuidados antes de transferir uma atividade. "Confiança na competência do funcionário é a base da delegação", diz José Valério Macucci, professor de liderança e gestão de pessoas do Insper, de São Paulo.
"E confiança é como um músculo, que precisa e deve ser desenvolvido", completa Marco Túlio Zanini, coordenador do mestrado executivo em gestão empresarial da Fundação Getulio Vargas do Rio de Janeiro (FGV/RJ). Para facilitar seu julgamento, listamos cinco ocasiões em que é preferível centralizar a execução da tarefa. Veja a seguir.
1 Projetos importantes e emergenciais
Este é ponto pacífico entre os especialistas em gestão. "Não há por que delegar nesse momento", diz Gilberto Guimarães, diretor de MBA da Business School São Paulo (BSP). "Há exigência emergencial? Deve-se tomar a decisão e resolver a questão com agilidade", completa o consultor Miguel Vizioli.
Ambos afirmam que o tempo que seria perdido repassando as atividades, dissecando o projeto, seus objetivos e gargalos é equivalente às horas dispensadas na solução do problema. "Projetos importantes e não emergenciais devem ser delegados. Os emergenciais e pouco importantes também. Os que não são importantes nem emergenciais devem ser eliminados", diz Gilberto.
2 Se não tem certeza do que quer, pense um pouco mais
Ao delegar, o resultado só será o esperado se o funcionário estiver muito bem instruído sobre o que deve fazer. Antes de delegar, diz Valério, do Insper, o gestor precisa responder para si as seguintes questões:
1 - Qual atividade precisa ser executada?
2 - Em que condições terá de ser feita?
3 - Aonde vamos chegar? "Se algum desses elementos não estiver presente, não delegue", recomenda Valério. Em equipes bem entrosadas, no entanto, os subordinados podem auxiliar na resolução dessas questões, diz o consultor Miguel Vizioli.
"Há casos em que os funcionários trabalham como peças complementares no desenvolvimento desses raciocínios." Nesses casos, a execução vai bem.
3 A ausência de confiança
Quando há desconfiança sobre a capacidade de execução do funcionário, o melhor é não delegar. Os especialistas recomendam a aproximação desse funcionário e o repasse de atividades que possam ser feitas com um prazo mais longo.
Dessa forma, é possível verificar os resultados durante o desenvolvimento da atividade e, se necessário, pedir que alguns pontos sejam refeitos. "Sempre explicando bem qual o objetivo daquele trabalho", diz Valério, do Insper. Tal fórmula pode ser aplicada para novos funcionários ou para os mais antigos e que passam por um período de desmotivação.
"Deve-se ter em mente que delegar é o melhor método de desenvolver uma equipe", diz Marco Túlio, da FGV/RJ. E, se há funcionário que não corresponda à necessidade, "é preciso repensar as contratações", emenda Gilberto, da BSP.
4 Cuidado para não se tornar uma ilha
Delegar funções não é sinônimo de abandonar o projeto, mas essa confusão acontece. "O exercício da delegação dá muito trabalho", diz o consultor Miguel. No momento do repasse das atividades, é importante que sejam predeterminadas reuniões para o debate dos temas.
"E, também, o gestor deve estar disponível para responder as dúvidas que tendem a surgir no meio do processo", recomenda Valério, do Insper. Essa é a melhor maneira de delegar sem se distanciar da equipe, afirmam os especialistas. "Dessa forma, você dá segurança ao funcionário e estimula um ciclo de aprendizagem", diz Marco Túlio, da FGV/RJ.
5 Se não conhece a equipe, não saia distribuindo atividades
Você é um líder recém-contratado ou a equipe está cheia de novos integrantes? Se não há tempo para reuniões para o aprofundamento dos temas que precisam ser desenvolvidos e você não conhece as aptidões da equipe, é melhor começar o repasse dos trabalhos aos poucos.
"Delegar tem a ver com a percepção de competência do funcionário para exercer tal função", comenta Marco Túlio, da FGV/RJ. "E, se o líder percebe que o liderado não está preparado, o risco de repassar uma função é grande", diz o consultor Miguel Vizioli. Trazer o funcionário para perto, mostrar como o serviço deve ser feito e, mais uma vez, detalhar as bandeiras e os objetivos da empresa são as recomendações para esse tipo de situação.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Como Surgiu o “Perfil Profissional” dos Candidatos a Emprego


A gestão empresarial viveu uma longa história de significativas metamorfoses e uma das principais mudanças foi a passagem do paradigma da Administração Científica para um novo paradigma que emergiu após os anos 80.
Na época de Taylor (Administração Científica) o processo de produção foi concebido sob a abordagem da Engenharia, na qual administrar era um processo de modelagem no processo produtivo e visava metas enquadradas em parâmetros baseados em tempo e custo.
Nessa abordagem, administrar consistia em controlar o processo produtivo em si, pressupondo-se que o monitoramento de todos os eventos garantisse a eficiência do resultado.
Outrora, acreditava que a capacitação dos indivíduos fazia parte dos alvos regulatórios e a formação profissional era o meio que garantia a competência, requerida para o exercício das tarefas; ou seja, a posse do know-how.
know-how era a capacidade de realizar a tarefa conforme os padrões de resultados e tempos, definidos pelo planejamento. As tarefas e atividades eram definidas por setores especializados em planos de tal forma que o que se esperava do funcionário era o “saber fazer” aquilo que estava prescrito.
Esperava-se que o trabalhador aprendesse a realizar a tarefa em todas as suas possíveis variações, como acontece com os pilotos de aviões, que realizam os procedimentos que estão detalhadamente previstos em um manual.
Para o desempenho dessa função contava-se com a regulagem da competência profissional que era adquirida por meio de atividades desenhadas para ensinar os procedimentos ao funcionário e adestrá-lo nas habilidades que estes requeriam.
Grande parte dessa regulagem da competência foi inspirada nos laboratórios de Psicologia e criada por diversos especialistas em ciências comportamentais por meio da experiência do quotidiano.
Como os administradores eram leigos em técnicas de aprendizagem e, nessa forma de concepção do processo de produção parte da regulagem dependia do uso dessas técnicas, as ciências do comportamento humano foram requisitadas pela Administração para fornecer informações sobre as condições e instrumentos de aprendizagem.
Estimulada por essa parceria, a Psicologia se dedicou a construir teorias que garantissem o controle da competência, tendo em vista o desempenho esperado pelo planejamento das tarefas.
Dessa forma, a Psicologia Industrial legitimou a abordagem da Engenharia, fornecendo à Administração Científica o suporte da experimentação científica, conforme deduziram alguns especialistas sobre as abordagens da tecnologia chamada de Psicometria. .
Nessa perspectiva, o trabalhador foi assumido com um ser fragmentado em habilidades e traços de personalidade. A habilidade era tida como algo objetivo existente dentro do indivíduo, que ocorria independentemente de ser descoberto por alguém e que poderia ser mensurado.
Essa configuração propiciou o aparecimento dos perfis profissionais, os quais se tornaram o padrão de condições pessoais para o trabalho. Deu-se o nome de “perfil” ao conjunto de requisitos exigidos de um indivíduo para a realização de uma tarefa.
Assim como as tarefas eram planejadas por setores especializados, o perfil profissional era definido pelos especialistas da área de Recursos Humanos e se constituía no alvo dos programas de treinamento. 

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Dicionário

Do livro: "O Homem que Veio da Sombra", de Luiz Gonzaga Pinheiro

Adeus: É quando o coração que parte deixa a metade com quem fica.

 Amigo: É alguém que fica para ajudar quando todo mundo se afasta.

 Amor ao próximo: É quando o estranho passa a ser o amigo que ainda não abraçamos.

 Caridade: É quando a gente está com fome, só tem uma bolacha e reparte.

 Carinho: É quando a gente não encontra nenhuma palavra para expressar o que sente e fala com as mãos, colocando o afago em cada dedo.

 Ciúme: É quando o coração fica apertado porque não confia em si mesmo.

 Cordialidade: É quando amamos muito uma pessoa e tratamos todo mundo da maneira que a tratamos.

 Entendimento: É quando um velhinho caminha devagar na nossa frente e a gente estando apressado não reclama.

 Evolução: É quando a gente está lá na frente e sente vontade de buscar quem ficou para trás.

 : É quando a gente diz que vai escalar um Everest e o coração já o considera feito.

 Filhos: É quando Deus entrega uma joia em nossa mão e recomenda cuidá-la.

 Fome: É quando o estômago manda um pedido para a boca e ela silencia.

 Inimizade: É quando a gente empurra a linha do afeto para bem distante.

 Inveja: É quando a gente ainda não descobriu que pode ser mais e melhor do que o outro.

 Lágrima: É quando o coração pede aos olhos que falem por ele.

 Lealdade: É quando a gente prefere morrer que trair a quem ama.

 Mágoa: É um espinho que a gente coloca no coração e se esquece de tirar.

 Maldade: É quando arrancamos as asas do anjo que deveríamos ser.

 Netos: É quando Deus tem pena dos avós e manda anjos para alegrá-los.

 Obsessor: É quando o Espírito adoece, manda embora a compaixão e convida a vingança para morar com ele.

 Ódio: É quando plantamos o trigo o ano todo e estando os pendões maduros a gente queima tudo em um dia.

 Orgulho: É quando a gente é uma formiga e quer convencer os outros de que é um elefante.

 Paz: É o prêmio de quem cumpre honestamente o dever.

 Perdão: É uma alegria que a gente se dá e pensava que jamais a teria.

 Perfume: É quando mesmo de olhos fechados a gente reconhece quem nos faz feliz.

 Pessimismo: É quando a gente perde a capacidade de ver em cores.

 Preguiça: É quando entra vírus na coragem e ela adoece.

 Raiva: É quando colocamos uma muralha no caminho da paz.

 Saudade: É estando longe, sentir vontade de voar, e estando perto, querer parar o tempo.

 Sexo: É quando a gente ama tanto que tem vontade de morar dentro do outro.

 Simplicidade: É o comportamento de quem começa a ser sábio.

 Sinceridade: É quando nos expressamos como se o outro estivesse do outro lado do espelho.

 Solidão: É quando estamos cercados de pessoas, mas o coração não vê ninguém por perto.

 Supérfluo: É quando a nossa sede precisa de um gole de água e a gente pede um rio inteiro.

 Ternura: É quando alguém nos olha e os olhos brilham como duas estrelas.

 Vaidade: É quando a gente abdica da nossa essência por outra, geralmente pior.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

9 passos para ter mais resiliência no trabalho


Executivo com luvas de boxe
"A resiliência é um fator crítico para enfrentar os desafios desta primeira metade do século", diz Paulo Yazigi Sabbag

Conceito emprestado pela física à psicologia do trabalho, a resiliência é a capacidade de resistir às adversidades e reagir diante de uma nova situação. Um profissional pode precisar dela tanto para encarar a pressão e a competição do mercado quanto para atravessar momentos difíceis, como crises econômicas e acidentes.
"A resiliência é um fator crítico para enfrentar os desafios desta primeira metade do século", diz Paulo Yazigi Sabbag, professor da escola de Administração de empresas da Fundação Getulio Vargas de São Paulo (FGV) e idealizador da primeira escala nacional para avaliar o nível de resiliência de profissionais adultos.
Um estudo com 3 707 alunos do curso a distância de especialização em administração da FGV, realizado pelo professor Paulo, mediu o nível de resiliência de cada um deles utilizando a escala, que relaciona nove fatores: autoeficácia, solução de problemas, temperança, empatia, proatividade, competência social, tenacidade, otimismo e flexibilidade mental. Cada um desses fatores ajuda de maneira diferente no enfrentamento de problemas e na tomada de decisões. No resultado final, 16% foram classificados com baixa resiliência, 44% foram considerados com moderada resiliência e 40% enquadraram-se em um grau elevado.
A boa notícia é que se trata de uma competência que pode ser aprendida. "muitos autores dizem que essa competência é assimilada no processo de educação familiar, mas eu acredito que pode ser desenvolvida em qualquer estágio da vida, principalmente quando a pessoa entra no mercado de trabalho", diz Paulo. Trocar de chefe, ter um projeto rejeitado e sofrer uma injustiça do colega são situações que testam os limites do profissional.
Algumas atividades artísticas também podem desenvolver aspectos da resiliência, como a competência social e a flexibilidade mental. A edP, controladora de geradoras e distribuidoras de energia elétrica em sete estados brasileiros, desenvolveu um programa que visa aumentar a experiência de vida dos funcionários. No curso, executivos e engenheiros do grupo podem escolher temas como fotografia, arquitetura e filosofia, por exemplo. a ampliação de repertório foi utilizada como estratégia para solucionar problemas de forma criativa e aproximar membros da equipe.
"O repertório cultural faz com que os gestores cresçam e mantenham a equipe caminhando e se desenvolvendo", diz elaine regina Ferreira, diretora de gestão do capital humano da edP, em São Paulo. Como a cultura, a prática de esportes ou de hobbies voltados para a ação e a aventura ajuda aqueles que precisam aprimorar a capacidade de agir em situações difíceis.
Maurício Catelli, de 44 anos, sóciodiretor da CaS tecnologia, empresa de desenvolvimento de soluções de engenharia de sistemas, automação e telemetria, pratica uma hora semanal de voos de acrobacia e três vezes por semana usa um simulador de uma cabine do modelo boeing 737.
"O hobby traz muita autoconfiança e poder de decisão", afirma Maurício. ele conta que a simulação o ajudou a desenvolver a concentração e a capacidade de planejar, o que o auxilia a tomar decisões profissionais que exigem presteza. Você não precisa ser bom em todos os aspectos da resiliência, mas certamente pode desenvolver alguns deles, de acordo com sua aptidão. Além de crescimento profissional, isso trará, de maneira geral, uma vida mais equilibrada.
Resiliência em nove passos
Conheça os nove fatores da escala da FGV para avaliar o nível de resiliência dos profissionais
1 Autoeficácia
O QUE É
Crença na própria capacidade de organizar e executar ações requeridas para produzir resultados desejados. Associada à autoconfiança, transforma-se em "combustível" para a proatividade e para a solução de problemas.
COMO ADQUIRIR
São necessários treinos específicos para perceber melhor as situações, tomar consciência de qual conceito faz de si mesmo e de qual é seu padrão habitual de atitudes. a psicoterapia pode ajudar muito nesse caso, assim como a realização de projetos de forma sistemática e planejada.
2 Competência Social
O QUE É
Capacidade de ir em busca de apoio externo em momentos de estresse. Engloba tanto a abertura para receber apoio quanto a busca proativa de ajuda.
COMO ADQUIRIR
Todo treinamento oferecido para desenvolver liderança, comportamento ético e melhoria de relações é válido. Pode-se praticar também a "escuta empática", que convida o outro a falar e oferecer maiores detalhes, adiando julgamentos críticos; e a "escuta ativa", um processo de indagação orientada. Envolver-se em projetos sociais ajuda a desenvolver a consciência moral.
3 Empatia
O QUE É
Habilidade promotora tanto da competência social quanto da solução de problemas. significa colocar-se no lugar do outro, compreender a pessoa a partir do quadro de referência dela.
COMO ADQUIRIR
A leitura, sobretudo de livros de literatura e biografias, ajuda a pessoa a se imaginar no lugar do outro. nos filmes, observe a psicologia de personagens, a trama e o contexto. trabalhos sociais voluntários também desenvolvem esse aspecto.
4 Flexibilidade
O QUE É
Está relacionada à maior tolerância à ambiguidade e à maior criatividade. o pessimismo faz com que o indivíduo de baixa resiliência insista teimosamente em atitudes pouco efetivas. Já o resiliente, em oposição, é flexível. Pensa em opções, age e, se a ação não é efetiva, escolhe outra opção e persiste.
COMO ADQUIRIR
Pense de imediato em aulas de ioga ou dança de salão, por exemplo. "a flexibilidade do corpo se associa à da mente", diz paulo Sabbag, da FGv. No longo prazo, vá atrás de treinamentos de desenvolvimento de criatividade, que desbloqueiam e permitem "pensar fora da caixa".
5 Tenacidade
O QUE É
Trata-se da persistência e da capacidade de aguentar situações incômodas ou adversas.
COMO ADQUIRIR
Indivíduos com baixa tenacidade desistem facilmente. A prática esportiva ajuda, pois aprimora a disciplina e expõe os limites do corpo. É o indivíduo que regularmente faz uma hora de esteira porque sabe que é importante, e não porque gosta.
6 Solução de Problemas
O QUE É
Característica dos agentes de mudança, indivíduos preparados para diagnosticar problemas, planejar soluções e agir, sem perder o controle das emoções. Atitude que mobiliza para a ação.
COMO ADQUIRIR
Um bom conselho, para começar, é entreter-se com jogos de estratégia, aqueles que fazem pensar em soluções, como o xadrez. mas, para desenvolver plenamente esse fator, a melhor solução é mesmo a dedicação para colocar projetos de pé — pessoais ou profissionais.
7 Produtividade
O QUE É
Está associada a desafios, a conviver com incertezas e ambiguidades. Refere-se à propensão a agir e à busca de soluções novas. Reativos tendem a esperar pelos impactos de adversidades; proativos tomam iniciativas.
COMO ADQUIRIR
Uma solução é procurar um serviço de coaching. A orientação de profissionais mais experientes pode ensinar como ser ágil e dar respostas certas.
8 Temperança
O QUE É
Está associada ao controle da impulsividade e da raiva. Significa maior capacidade de regular emoções, mantendo a serenidade em situações difíceis.
COMO ADQUIRIR
Medidas paliativas, como ouvir uma música, se afastar um pouco e jogar água no rosto, são válidas. No longo prazo, meditação, condicionamento físico e psicoterapia para resolver problemas de autoestima.
9 Otimismo
O QUE É
Na escala de resiliência, o otimismo é uma competência resultante da união de três outras: a competência social, a proatividade e a autoeficácia.
COMO ADQUIRIR
Todas as atividades recomendadas para competência social, proatividade e autoeficácia são úteis nesse caso. De resto, é ter uma atitude positiva diante da vida.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

O Cometa Halley e as pérolas da comunicação


O Cometa Halley e as pérolas da comunicação é uma animação criada para a disciplina Linguagem e Comunicação.
Um dos ótimos exemplos do "toque de terror gerencial" que é a realidade das comunicações internas formais nas empresas. Apesar de ser uma anedota, a história é verossímil.
Layout e ilustração - Rebecca Agra
Animação e edição - Ludwig Birkner

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Como investir seu dinheiro

Encontre várias dicas sobre como investir dinheiro e onde investir o seu dinheiro. Neste artigo pode encontrar algumas ideias eficazes para maximizar o seu lucro.

Antes de passarmos para o que interessa queremos dizer-lhe uma coisa, quanto maior é o risco, maior é a rentabilidade. E quanto mais conhecimento tiver, maior controlo terá sobre o risco do investimento.
Mas, o que fazer com o dinheiro que tem no banco? Como fazer crescer o dinheiro? Deve aforrar, gastar ou investir? Conselhos certos sobre onde e como investir o seu dinheiro.
Investimento de Baixo Risco
DEPÓSITOS BANCÁRIOS COM UM PRAZO FIXO
A vantagem deste tipo de investimento é que é um investimento seguro, quase sem nenhum risco, que sabe anteriormente qual é a percentagem que vai ganhar e o prazo de tempo que demorará a ganhar dinheiro.
Quando mais seguro é um investimento, menos atrativo e rentável é. Para ganhar dinheiro com os depósitos de prazo fixo, quando maior é o tempo em que deve deixar o dinheiro no banco, mais alta será a taxa de juro.
O prazo é você que escolhe. Os prazos podem ser desde 3 meses até 10 anos, dependendo do seu país e das políticas financeiras dos bancos. Também pode escolher a quantidade de dinheiro que quer investir, embora claro, também é necessário tomar em conta as políticas do banco e o tipo de produto.
Se tem uma boa quantidade de dinheiro parado e não quer arriscar-se a perdê-lo noutros tipos de investimentos ou negócios, então os depósitos a prazo fixo são a melhor opção.
Segundo o tipo de depósito a prazo que escolha, podem oferecer uma rentabilidade anual de 2% a 7%. Isto é um tipo de investimento ideal para qualquer pessoa que não tenha experiência em investimentos ou simplesmente quer fazer o seu dinheiro crescer com o mínimo de esforço e risco.
Quem sabe, você muito provavelmente estará a se perguntar, o que acontece caso faça um depósito fixo com um prazo de 2 anos, por exemplo, mas antes que acabe o prazo você quer o dinheiro de volta. Pode obter o seu dinheiro de volta no momento em que precisar, mas obterá uma penalização cobrada pelo banco.
Investimento de Alto Risco
Primeiro que tudo, é importante saber que não existem investimentos com um elevado retorno e baixo risco. Isso é a verdade, por isso opte por este tipo de investimentos apenas quando tem uma boa conta bancária ou esse dinheiro não lhe faz falta.
INVESTIR NA BOLSA DE VALORES
A forma mais tradicional de investimento de alto risco, é o investimento na bolsa de valores. É uma maneira eficiente de investir dinheiro e ter um lucro alto, mas é necessário conhecer bem as empresas. É por isso, que para iniciar-se como investidor na bolsa, tem que aprofundar os seus conhecimento sobre como funciona a bolsa e como ter sempre a última informação para poder prever quando as ações vão subir ou descer.
Qualquer pessoa pode investir na bolsa se desejar, mas realizar este tipo de investimento requer conhecimentos financeiros, pois tratam-se de investimentos arriscados, mas com o conhecimento o risco pode diminuir.
CONSELHOS SOBRE COMO INVESTIR
§  Não invista dinheiro que possa necessitar a curto ou médio prazo
§  Não invista dinheiro que não possa perder
Investir num negócio ou paixão
Para além do risco e rentabilidade, você pode criar o seu próprio negócio ou investimento. Pode investir dinheiro num negócio que realmente goste ou seja apaixonado por. Não existe na vida, nada mais gratificante e que dê satisfação do que fazer aquilo que ama, sem se importar para o resto da vida.
O trabalho levará grande parte da sua vida, por isso é fundamental que dedique-se a um negócio pelo qual você tem uma paixão enorme.
Para terminar, gostaríamos de deixar um conselho fantástico que o magnata Donald Trump deu:
"Não faço as coisas para ganhar dinheiro. Faço-as porque me encantam, e devido à casualidade com que ganho dinheiro com elas."

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Sua atitude faz diferença!

O que sua atitude pode fazer por você

O que normalmente separa os melhores do restante? Você já pensou nisso? O que separa o medalhista de ouro do medalhista de prata nas Olimpíadas? O que separa o empresário de sucesso daquele que não tem sucesso? O que possibilita uma pessoa vencer na vida depois de um acidente que a deixou incapacitada enquanto outra desiste e morre? É a atitude.
É claro que, de vez em quando, aparecem pessoas como Mozart ou Lance Armstrong - aquelas cujos dons são tão extraordinários a ponto de realizarem coisas com as quais o restante de nós só consegue sonhar. (Mas até elas são auxiliadas pelo fato de terem atitudes extraordinárias). A maioria das pessoas, quando estão no auge de sua profissão, são parecidas no que se refere ao talento. O que separa uma medalha de ouro de uma de prata normalmente são centésimos de segundo. Jogadores de golfe profissionais vencem torneios com uma única tacada. Como disse Denis Waitley em The Winner"s Edge [A vantagem do vencedor], "a vantagem do vencedor não está em nascer em berço de ouro, em ter QI elevado ou em ser talentoso. A vantagem do vencedor está na atitude, não na aptidão. Atitude é o critério para o sucesso. Mas não se pode comprar uma atitude por um milhão de dólares. As atitudes não estão à venda".
A maior diferença que minha atitude pode fazer está dentro de mim, não nos outros
Por anos tentei viver de acordo com a seguinte afirmação: nem sempre posso escolher o que acontece comigo, mas sempre posso escolher o que acontece em mim. Algumas coisas na vida escapam ao meu controle. Outras não. Minha atitude nas áreas que escapam ao meu controle pode fazer diferença. Minha atitude nas áreas que estão sob meu controle irá fazer diferença. Em outras palavras, a maior diferença que minha atitude pode fazer está dentro de mim, não nos outros. Essa é a razão por que sua atitude é a sua maior qualidade ou a sua maior deficiência. É ela que prepara ou acaba com você. Ela pode levantar ou derrubar você. Uma atitude mental positiva não lhe permitirá fazer tudo. Mas ela pode ajudá-lo a fazer qualquer coisa melhor do que você faria se sua atitude fosse negativa.
O que a atitude pode fazer por você
Uma atitude positiva é uma qualidade diária em quase todos os sentidos. Ela não só ajuda a resolver problemas pequenos como também fornece um instrumental poderoso que pode ser útil por toda a sua vida. Aqui está o que quero dizer:
1. Sua atitude faz diferença na sua maneira de encarar a vida
À medida que nos aproximávamos do fim do século XX, muito se escreveu sobre os homens e mulheres que sobreviveram à Depressão e lutaram na II Guerra Mundial, as pessoas que Tom Brokaw chamou de "a melhor geração". Lembro-me de ler uma história sobre uma mulher daquela geração que acompanhou o marido durante a guerra até um acampamento do exército norte-americano no deserto do sul da Califórnia. O homem a aconselhou a não ir, achando que ela ficaria melhor se voltasse para o leste para ficar com a família, mas a jovem recém-casada não quis se separar de seu marido.
A única acomodação que eles conseguiram encontrar foi uma cabana em situação precária perto de uma aldeia de índios americanos. O lugar era muito simples. Durante o dia, as temperaturas muitas vezes chegavam aos 46ºC. O vento, que soprava constantemente, parecia o ar quente que sai do forno. E a poeira deixava tudo em estado deplorável.
A jovem achava os dias longos e tediosos. Seus únicos vizinhos eram índios americanos com os quais ela encontrou poucas afinidades. Quando seu marido foi enviado para o deserto para duas semanas de manobras militares, ela desabou. As condições de vida e a solidão eram demais para ela. Ela escreveu para a mãe para dizer que queria voltar para casa.
Pouco tempo depois, recebeu uma resposta de casa. Uma das coisas que sua mãe lhe disse foi: Dois homens olhavam pelas grades de uma prisão. Um via lama; o outro, estrelas.
Ao ler várias vezes as linhas da carta, a jovem inicialmente sentiu vergonha. Depois sua reflexão amadureceu. Ela realmente queria ficar com o marido, por isso tomou uma decisão: ela procuraria as estrelas.
No dia seguinte, esforçou-se para fazer amizade com seus vizinhos. À medida que os conhecia, ela também pedia que eles a ensinassem a tecer e a fazer cerâmicas. No início, eles relutaram, mas, quando viram que o interesse que ela tinha por eles e pelo trabalho que faziam era genuíno, eles mostraram-se mais receptivos. Quanto mais a mulher aprendia sobre a cultura e a história dos índios americanos, mais ela queria saber. Sua perspectiva começou a mudar. Até o deserto começou a parecer diferente para ela. Ela começou a apreciar sua beleza serena, sua vegetação resistente porém vistosa, e até pedras e conchas fossilizadas encontrou ao explorar a região. Ela começou, inclusive, a escrever sobre suas experiências ali.
O que mudou? Não foi o deserto. Não foram as pessoas que moravam naquele lugar. Ela mudou. Sua atitude mudou - e, conseqüentemente, seu ponto de vista mudou.
As pessoas mais felizes na vida não têm necessariamente tudo o que há de melhor. Elas simplesmente tentam aproveitar tudo ao máximo. São como a pessoa de uma aldeia afastada que vai a uma fonte todos os dias para pegar água e que diz: "Toda vez que venho a esta fonte, vou embora com o balde cheio de água!", em vez de "Não posso acreditar que tenho de continuar a voltar a essa fonte para encher o balde!"
A atitude de uma pessoa tem uma profunda influência sobre o seu modo de encarar a vida. Pergunte a um técnico antes de um jogo importante se a atitude dele e a de seus jogadores farão diferença no resultado do jogo. Pergunte a um cirurgião se a atitude do paciente é importante quando sua vida está em jogo em uma sala de emergência. Pergunte a um professor se as atitudes dos alunos têm um impacto antes de realizarem um teste.
Uma das coisas que aprendi é que a vida muitas vezes lhe dá tudo aquilo que você espera dela. Se você espera coisas ruins, é isso que você receberá. Se espera coisas boas, você muitas vezes as recebe. Não sei por que as coisas são assim, mas é assim que funciona. Se você não acredita em mim, faça um teste. Experimente passar 30 dias esperando o melhor de tudo: o melhor lugar para estacionar o carro, a melhor mesa no restaurante, a melhor interação com os clientes, o melhor tratamento dos funcionários públicos. Você se surpreenderá com o que verá, principalmente se também der o melhor de você mesmo para os outros em todas as situações.
2. Sua atitude faz diferença em seus relacionamentos pessoais
Em agosto de 2005, tive o privilégio de falar no Willow Creek Leadership Summit. Uma das pessoas que conheci ali foi Colleen Barrett, presidente e secretária corporativa da Southwest Airlines, que também era uma das palestrantes do evento. Eu estava ansioso para conversar com ela porque, enquanto outras companhias aéreas perdiam dinheiro e lutavam para sobreviver durante os últimos anos, a Southwest havia obtido sucesso e lucro.
Colleen e eu conversamos sobre liderança. Segundo ela, uma das coisas das quais a companhia mais se orgulhava era sua reputação pelo excelente atendimento ao cliente. Quando lhe perguntei como eles conseguiam isso, ela disse que a companhia não dependia de muitas regras. Havia, sem dúvida, regulamentos determinados pela Agência Federal de Aviação aos quais eles obedeciam e, além disso, eles tinham regras que exigiam que os comissários de bordo sempre fossem pontuais para cumprir suas tarefas uma vez que sua escalação era tranqüila. Mas a ênfase da companhia está na criação do tipo certo de atitude entre os funcionários. Os funcionários da Southwest estavam habilitados para avaliar situações e tomar decisões. E seu foco está nas habilidades pessoais e na regra de ouro. Mesmo quando cometem erros, desde que estejam tentando ver as coisas pelo ponto de vista do cliente e tentando prestar um bom serviço, os funcionários recebem apoio.
Para ter sucesso, é preciso ser capaz de trabalhar bem com os outros. Essa é a razão por que Theodore Roosevelt disse: "O único ingrediente mais importante na fórmula para o sucesso é saber se entender com as pessoas".
Muitos fatores entram em ação quando o assunto diz respeito a abilidades que envolvem trabalhar com pessoas, mas o que desenvolve ou acaba com essa habilidade é a atitude de uma pessoa. Recentemente escrevi um livro chamado Vencendo com as pessoas em que descrevo 25 princípios pessoais que qualquer pessoa pode usar para melhorar sua capacidade de construir relacionamentos e de trabalhar com outras pessoas. Muitos desses princípios se baseiam na atitude. Aqui estão alguns exemplos:
·        O Princípio da Lente: quem somos é o que determina o modo como vemos os outros. Nossa percepção dos outros depende mais de nossa atitude do que das características dos que nos cercam. Se formos positivos, nós os vemos de modo positivo.
·        O Princípio da Dor: pessoas magoadas magoam pessoas e se deixam facilmente magoar por elas. Nossas experiências negativas e nossa bagagem emocional dão cor à nossa percepção das ações dos outros. Interações normais podem causar-nos dor mesmo quando a outra pessoa não fez nada para causar dor.
·        O Princípio do Elevador: podemos levantar as pessoas ou derrubá-las em nossos relacionamentos. As pessoas têm uma mentalidade que consiste em levantar ou limitar os outros.
·        O Princípio do Aprendizado: cada pessoa que conhecemos tem o potencial de nos ensinar algo. Algumas pessoas têm uma atitude receptiva ao ensino e admitem que podem aprender algo com todas as pessoas que conhecem. Outras desprezam muitas pessoas e admitem que elas nada têm a oferecer.
Há outros princípios no livro baseados na atitude, mas já deu para você ter uma idéia. Em se tratando de lidar com pessoas, a atitude faz diferença. Se seu currículo não é tão bom quanto você gostaria que fosse quando o assunto é lidar com pessoas, talvez você precise observar sua atitude. Embora seja verdade que algumas pessoas pareçam ter um modo natural de ganhar os outros, até alguém com habilidades pessoais naturais limitadas pode aprender a ganhar as pessoas se decidir ter uma atitude positiva para com elas.
3. Sua atitude faz diferença em seu modo de enfrentar desafios
Dizem que quando Chesty Puller, da Marinha norte-americana, viu-se cercado de oito divisões inimigas durante a guerra coreana, sua resposta foi: "Tudo bem, eles estão à nossa esquerda. Estão à nossa direita. Estão à nossa frente. Estão atrás de nós - desta vez, eles não podem escapar!"
Na vida, os obstáculos, os desafios, os problemas e os fracassos são inevitáveis. Como você vai lidar com eles? Vai desistir? Vai deixar que as circunstâncias o deixem mal? Ou você vai tentar fazer o melhor possível? O caminho que você escolher depende de sua atitude.
Certa vez, ouvi um conferencista dizer que nenhuma sociedade jamais desenvolveu homens valentes durante tempos de paz. O velho provérbio é verdadeiro: o que não mata, fortalece. Lembre-se dos momentos em sua vida em que você mais cresceu. Aposto que você cresceu em conseqüência de superar dificuldades. Quanto melhor sua atitude, maiores as chances de você conseguir superar dificuldades, crescer e seguir em frente.
Você pode ver esse padrão na vida de grandes homens e mulheres:
Demóstenes, conhecido como o maior orador da Grécia antiga, tinha um problema de fala. A lenda diz que ele o superou recitando versos com seixos na boca e falando mais alto que o bramido das ondas na beira do mar.
Martinho Lutero, pai da Reforma Protestante, aproveitou o tempo que ficou confinado no castelo de Wartburg para traduzir o Novo Testamento para o alemão.
O compositor Ludwig van Beethoven compôs suas maiores peças sinfônicas depois que ficou surdo.
John Bunyan escreveu O peregrino enquanto estava preso. Daniel Defoe também escreveu o livro Robinson Crusoé enquanto estava preso.
Abraham Lincoln é considerado por muitos o melhor dos presidentes dos Estados Unidos, mas ele provavelmente não teria se destacado como um grande líder se não tivesse conduzido o país durante a guerra civil. Muitas vezes as circunstâncias difíceis parecem servir de instrumento na criação de grandes líderes e pensadores. Mas isso só acontece quando as atitudes deles são corretas.
Ouvi dizer que na língua chinesa duas palavras muitas vezes se juntam para criar outra palavra com um significado muito diferente. Por exemplo, quando o símbolo para a palavra que significa homem se junta com o símbolo para a palavra que significa mulher, a palavra resultante significa bom.
Ter uma atitude positiva pode ter um efeito semelhante. Quando um problema vem em direção a alguém que tem uma atitude positiva, o resultado é muitas vezes algo maravilhoso. É da confusão que os problemas causam que podem surgir grandes estadistas, cientistas, autores ou empresários. Todo desafio tem uma oportunidade. E toda oportunidade tem um desafio. A atitude de uma pessoa determina seu modo de lidar com ambas as coisas.
4. Sua atitude faz diferença
Quando a atitude é o mais importante? Quando ela faz a maior diferença? Não é durante um evento esportivo ou quando os negócios ficam difíceis. É quando a própria vida está em perigo. E, nessas ocasiões, a atitude realmente faz diferença.
Quando pastor, eu passava a maior parte do tempo com pessoas que estavam vivendo situações de tragédia. Visitava muitos pacientes antes de serem operados, e os que se empenhavam ao máximo e se recuperavam mais rápido eram as pessoas que tinham as melhores atitudes. Visitava muitas clínicas de repouso. Os idosos que têm sucesso são os que ainda têm uma atitude positiva com relação a si mesmos e a sua situação. Certa vez, ouvi um funcionário de uma clínica de repouso dizer que, não raro, pacientes recém internados, por sentirem-se abandonados e sem poder de escolha quanto à internação, tendiam a se entregar e a morrer antes daqueles que viam a situação como apenas outra fase da vida a ser enfrentada de maneira positiva.
Muitas pessoas escreveram sobre o poder que uma atitude positiva tem sobre a saúde e a boa forma. Muitas equipes médicas dizem que viram uma correlação positiva entre as atitudes das pessoas e a sua capacidade de recuperar-se de doenças como o câncer. Dr. Ernest H. Rosenbaum e Isadora R. Rosenbaum dizem que essas observações levaram a novos estudos sobre a atitude:
Pesquisadores estão agora experimentando métodos para levar efetivamente a mente a participar do combate do corpo contra o câncer... Alguns médicos e psicólogos agora acreditam que a atitude adequada pode até ter um efeito direto sobre a função da célula e, conseqüentemente, ser usada para inibir, se não curar, o câncer. Esse novo campo de estudo científico, chamado psiconeuroimunologia, concentra-se no efeito que a atividade mental e emocional tem sobre o bem-estar físico, indicando que os pacientes podem desempenhar um papel muito maior em sua recuperação.
Ver uma ligação entre os pensamentos e sentimentos das pessoas e sua saúde não é novidade. Segundo Rosenbaum: "Sabemos há mais de dois mil anos - com os escritos de Platão e Galeno - que há uma correlação direta entre a mente, o corpo e a saúde da pessoa". O poeta John Milton escreveu:
A mente é um lugar em si mesma, e
Pode fazer do inferno um céu e do próprio céu um inferno.
Sua atitude tem uma profunda influência sobre seu modo de ver o mundo - e, portanto, sobre o modo como você leva a vida.
Atitude é importante. É tão importante que ela realmente faz diferença. Ela não é tudo, mas é uma coisa que pode fazer diferença em sua vida."
(Extraído da obra você faz a diferença - como sua atitude pode revolucionar sua vida, de John C. Maxwell, Editora Thomas Nelson Brasil)
É isso. A atitude é essencial e algo que pode ser desenvolvido. Servirá para concursos e para a vida inteira. Passe a partir de agora a desenvolver e aperfeiçoar sua atitude. Ate porque, como já foi dito, "a felicidade não decorre de um determinado conjunto de circunstâncias, mas de um conjunto de atitudes diante das circunstâncias".