segunda-feira, 15 de julho de 2013

O assédio moral e o papel do RH




Infelizmente, o assédio moral ou a violência moral no trabalho não é um fenômeno novo, ao contrário, podemos afirmar que ele é tão antigo quanto o próprio trabalho.

A violência moral no trabalho constitui-se em um fenômeno mundial que segundo recente levantamento da Organização Internacional do Trabalho (OIT), ocorre na mesma proporção em países de maior ou de menor desenvolvimento. No Brasil existem mais de 80 projetos de lei tramitando na Justiça em âmbito federal, estadual, municipal e jurisprudência, com o objetivo de buscar o nexo-causal para um crime que normalmente é praticado com extrema sutileza e que torna difícil sua identificação.

A disseminação ou prática do assédio moral em uma empresa pode ser favorecido pela própria desestruturação organizacional, e agravado pela ignorância, tolerância, ou mesmo, pelo encorajamento dos próprios gestores.

Portanto, o papel do gestor é de fundamental importância para a criação de uma cultura estratégica de desenvolvimento humano dentro da organização. É preciso quebrar o velho paradigma, gerando oportunidades de aprendizado no lugar da punição, permitindo do princípio básico de que cada colaborador possa realizar seu trabalho e desenvolver seus potenciais dentro um ambiente saudável e ético. Enquanto não existir a liderança participativa dentro da organização, a gestão pelo medo pode desencadear comportamentos que levem à prática do assédio moral.

Os gestores devem assegurar aos seus colaboradores os direitos humanos, estando preparados para assumir esta responsabilidade, através de uma postura de liderança democrática e participativa. O papel do gestor é o de adotar um código de ética, visando combater todas as formas de discriminação e assédio moral entre seus liderados, difundindo o respeito à dignidade e à pessoa humana.

Cabe ao gestor  fazer com que se cumpram as regras disciplinares criadas para a empresa, apoiando canais de comunicação “confiáveis”, para que o colaborador possa ser ouvido em casos de denúncia sobre intimidações, constrangimentos ou ameaças sofridas por eles, garantindo-lhes o direito do sigilo, ou de anonimato.
 
O gestor de Recursos Humanos deve implantar as políticas de Gestão de Pessoas, definindo os parâmetros nos quais os padrões nas relações de trabalho dentro da organização, devem ser constituídos. Os Recursos Humanos representam uma área estratégica dentro da empresa, desempenhando um papel cada vez mais importante na criação de políticas interativas entre o ambiente interno e externo da organização. O recrutamento e seleção de pessoas, bem como a avaliação de desempenho dos profissionais que nela trabalham, a orientação e desenvolvimento, a capacitação, bem como a política de saúde no trabalho, são fundamentais para a prevenção, identificação e intervenção nos casos de assédio moral dentro da empresa.

É preciso reconhecer o efeito nocivo que qualquer conduta abusiva, manifestando-se sobretudo por comportamentos, palavras, atos, gestos, ou escritos podem trazer dano à personalidade, à dignidade ou à integridade física ou psíquica de uma pessoa, colocando em risco sua estabilidade (emprego) e degradando o ambiente de trabalho.

Portanto, uma administração baseada nas normas da boa convivência e  das relações éticas de trabalho, terá seu diferencial competitivo no mercado, associando sua imagem à boas práticas para uma sociedade mais ética e responsável.

Ana Maria Ramos
Central do Trabalho Recursos Humanos

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Avaliação de Desempenho - Medo ou Oportunidade







Antes de respondermos a algumas questões práticas sobre o que uma avaliação de desempenho possa significar, é preciso conceituarmos a relação entre potencial e desempenho humano nas organizações. 


O potencial vem a ser o diferencial dos ativos humanos da organização diante de um mercado globalizado e de um cenário de constantes avanços tecnológicos. A força humana deve representar o diferencial competitivo de uma empresa e acompanhar as modernas práticas gerenciais. O  desempenho representa a "entrega" de todo profissional dentro da organização, ou seja, o quanto ele é capaz de mobilizar seus conhecimentos, habilidades e atitudes em prol dos resultados individuais e globais.


Para Souza (2005) "potencial é um poder inerente à pessoa, refletindo nos conhecimento, habilidades, experiência, interesses entre outros, disponível para aplicação em qualquer situação de vida e de trabalho, já  o desempenho é uma ação que pode ser verificada e mensurada”. 


Segundo Idalberto Chiavento, no livro Gestão de Pessoas "a avaliação de desempenho é uma apreciação sistemática do desempenho de cada pessoa, em função das atividades que ela desempenha, das metas e resultados a serem alcançados e do seu potencial de desenvolvimento”. 


Portanto a avaliação de desempenho representa uma poderosa ferramenta que beneficiará o profissional dando a ele a oportunidade de melhoria e crescimento contínuos através do conhecimento do que é esperado dele. 


Dentre os objetivos básicos e benefícios advindos de uma avaliação de desempenho estão o alinhamento do perfil do profissional às funções que realiza, aperfeiçoamento contínuo das habilidades técnicas e comportamentais, identificação de potencial para promoção, levantamento de necessidade de treinamento e qualificações específicas e diagnóstico de problemas relacionados ao trabalho.


Para a empresa será possível monitorar as atividades realizadas, corrigindo desvios, melhorando a produtividade e principalmente criando um momento entre o profissional e o avaliador para que possam ser discutidos pontos à respeito do desenvolvimento do trabalho. Este processo tende a apontar para possíveis mudanças comportamentais e alinhar questões técnicas ou aquelas precisam ser melhoradas. Através da prática do retorno ou feedback será possível estabelecer um importante e eficiente canal de comunicação.


As avaliações de desempenho podem ocorrer em 180 ou 360 graus, com a colaboração da hierarquia direta, membros da equipe liderada ou mesmo dos clientes internos e externos, dependendo da cultura da organização e de seu relacionamento com o mercado.


Para que se obtenham os melhores resultados de uma avaliação de desempenho ela deve ter periodicidade, estar baseada em padrões e critérios claros e justos e estabelecer a monitoria contínua do desenvolvimento dos profissionais avaliados.


Neste processo tanto os profissionais como avaliadores devem estar preparados para este importante momento, pois exigem outras habilidades além de ouvir e ser ouvido. Para o avaliador é importante tratar o feedback de forma impessoal e imparcial. Para o profissional é importante compreender que a premissa de melhoria de sua performance norteará todo o processo.


Atualmente, dentre outras ferramentas de gestão, os profissionais da área de Recursos Humanos desenvolvem e acompanham estes processos, buscando estruturá-lo de acordo com os objetivos, momento atual e cultura de cada organização, auxiliando em sua condução e na preparação de todos os envolvidos com o objetivo de não apenas enriquecer as relações humanas no trabalho, mas criar oportunidades de crescimento mútuos.

Ana Maria Ramos
Consultora
CENTRAL DO TRABALHO Recursos Humanos

Ana Maria Ramos Consultora CENTRAL sistema de atendimento online DO TRABALHO Recursos Humanos
Ana Maria Ramos Consultora CENTRAL sistema de atendimento online DO TRABALHO Recursos Humanos