terça-feira, 27 de agosto de 2013

O papel do Novo Líder nas Organizações





Jim Collins é um dos mais respeitados pensadores do mundo dos negócios na atualidade.

Também, é autor do Best-Seller Built to Last, que registrou mais de 3,5 milhões de cópias vendidas em 29 idiomas. Em uma palestra em 2010 nos EUA, revelou alguns segredos para o sucesso de algumas empresas altamente competitivas no mercado.

 

Collins afirma que, em sua grande maioria, as próprias empresas são responsáveis por seus fracassos.  Segundo ele, o diferencial para uma empresa deixar de ser vista como boa para se tornar excelente no mercado é resultado do trabalho de seus Líderes.



E o sucesso desta liderança consiste em manter a equipe motivada, sendo preciso que a empresa esteja aberta a novas sugestões, investindo em projetos inovadores e oferecendo o suporte necessário para o crescimento de seu Capital Humano.



"O ingrediente mágico entre os grandes CEOs não está em sua genialidade ou competência, mas em sua humildade e boa-vontade". Os verdadeiros líderes são pessoas que desenvolveram capacidades individuais, de equipe e de administração, conseguindo comandar, dar direção, mobilizar e transformar o grupo. Collins destaca que dentre as habilidades executivas de liderança, a principal delas é saber “escolher as pessoas certas e colocá-las nas posições certas".  Afirma ainda que uma equipe comprometida garante o sucesso da organização por que:



- Pessoas certas se encaixam nos valores da organização;

- Pessoas certas não precisam ser gerenciadas de perto;

- Pessoas certas compreendem que não tem emprego, mas sim responsabilidades;

- Pessoas certas fazem acima dos 100% do que realmente se propuseram a fazer;

- Pessoas certas têm uma enorme paixão pela empresa e pelo trabalho que executam.



Para ele, os lideres deveriam dedicar a maior parte de seu tempo para contratar, treinar e avaliar pessoas. Se a empresa fosse um avião, o comandante deveria ter quatro prioridades que seriam:



1ª.  Embarcar as pessoas certas e desembarcar as erradas;

2ª. Colocar as pessoas certas nos lugares certos;

3ª. Definir a rota junto com estas pessoas;

4ª. Não descansar enquanto 90% das pessoas, estivessem orientadas e posicionadas.



Embora possa parecer tempo demais dedicado a essas atividades, seus resultados facilitam a decisão na hora de promover, transferir ou demitir pessoas, além do aumento do aproveitamento de pessoas no que elas possuem de melhor, posicionando-as nos lugares certos, aumentando consideravelmente sua produtividade e motivando-as para o trabalho.

 

O principal desafio para um verdadeiro líder consiste em descobrir talentos. Longe do olhar frio e crítico sobre um currículo, enxergar o histórico deste profissional, pois todo mundo, sem exceção, deixa um rastro durante a vida, mostrando uma clara tendência para o futuro. A personalidade, ao contrário do que muitos pensam, é relativamente estável e, portanto, previsível. Coloque pessoas com rastro impecável e aptidão para a vaga, e as chances de acertar uma contratação aumentarão. O papel do RH estratégico contempla o envolvimento das lideranças da organização nos processos de contratação. O líder deve se disponibilizar, em total sintonia, para participar da seleção para todos os cargos estratégicos, envolvendo-se com as etapas do processo para assim garantir o sucesso de cada contratação.



Ana Maria Ramos

Consultora de Recursos Humanos

CENTRAL DO TRABALHO Recursos Humanos

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

O uso do uniforme como sinal de profissionalismo e o fortalecimento da identidade organizacional





Uma equipe uniformizada consegue transmitir a própria imagem da empresa em termos de organização, asseio, segurança e confiança, podendo representar um diferencial no atendimento ao cliente.


O conceito da uniformização sugere algo além de uma simples opção, pois institui um estilo que pode determinar o comportamento no ambiente corporativo. Em tempos onde o código de vestimenta foi perdido para o "vale tudo", cresce a cada dia a solicitação de palestras, onde o consultor de imagem orienta os colaboradores a se vestir adequadamente.


O uso do uniforme evita a disseminação de comentários entre os próprios  colaboradores, uma vez que, normalmente, são causados pelo uso de uma roupa mais decotada ou curta, pelo excesso de acessórios ou uso de maquiagem inadequada, por exemplo. Neste caso a funcionária que deveria ser responsável pelo "cartão de visita” da empresa acaba por causar uma má impressão ao cliente, reforçando o ditado de que a primeira impressão é a que fica.


A empresa tem autonomia para definir o uso obrigatório do uniforme, embora não exista uma legislação específica que regulamente esta questão, exceto o de uso obrigatório ou EPI.


O ideal será estabelecer uma política sobre o uso do uniforme, conscientizando o colaborador a se responsabilizar por sua conservação, zelo e adequação de uso. Nas empresas, normalmente, são as mulheres que rejeitam o uso de uniforme. Neste caso valerá a penas abrir espaço para o diálogo, procurando identificar as demais opiniões envolvidas, aproveitando para reforçar as qualidades e benefício do uso. Valorizar a opinião de quem vai usá-lo é importante, portanto abrir a discussão ou até a votação sobre a melhor opção de modelo a ser usado, sempre valerá a pena.


Esta discussão poderá contemplar alguns itens que definirão, mais que sua utilização, um comportamento ético e profissional dentro da organização.


Procure definir quais são as peças que compõem o uniforme.  No caso de não fornecimento de calçados, quais são as cores e modelos permitidos (de forma genérica, pois se houver uma característica definida, a empresa deverá fornecer o calçado sem custo algum). 


Deixe claro de quem é a responsabilidade pela lavagem e conservação das peças (fazendo as recomendações sobre o uso de alvejantes ou lavagem e secagem de cada peça).


E explique aos colaboradores que as peças deverão ser mantidas com suas características originais, ou seja, não sendo permitido encurtar ou ajustar as roupas, cortar mangas de camisas ou camisetes ou qualquer ação que descaracterize a padronização e o modelo do uniforme.




Faça com que o colaborador assine, um termo de ciência sobre as regras.


Além do uniforme, deverão ser observados os demais princípios de higiene e asseio pessoal, pois uma barba mal feita ou cabelo mal tratado podem, além de revelar desleixo ou descuido, comprometer a imagem da empresa, agora identificada de forma institucional pelo uniforme.


Algumas dicas:


Escolha tecidos que não amassem e que possam ser lavados seguidas vezes sem perder suas características.


Escolha cores escuras, que transmitem respeito e profissionalismo, mesmo que a identidade visual da empresa utilize cores mais neutras.


Escolha um padrão simples, sem estampas, aplicando o logotipo da empresa em base neutra e em tamanhos proporcionais.


Os sapatos deverão ser fechados, garantindo a elegância e discrição.

Se a opção escolhida for o uso de salto para as mulheres, estes deverão ter altura média, optando-se por saltos mais grossos que evitam o cansaço das pernas.

Os sapatos também podem ser combinados com o uso de meia calça e variar de acordo com a cor da roupa, procurando utilizar cores mais sóbrias ou neutras (gelo, cinza, pinhão ou preto).


Duas unidades de cada peça serão suficientes para o dia a dia, e no caso de peças brancas, recomenda-se fornecer três unidades.


Nos dias de frio, uma boa opção será o uso de cardigans tanto feminino como masculino,  lembrando que um colete discreto será sempre bem vindo, para os homens.



Ana Maria Ramos

Central do Trabalho Recursos Humanos

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

O Profissional e o Mercado Trabalho




O mercado de trabalho está cada vez mais exigente e a especialização é um dos fatores determinantes para que o profissional se mantenha “empregável”, ou seja, atrativo para um mercado altamente competitivo e que busca por qualificação diferenciada.

Mesmo assim, buscar novas oportunidades de trabalho não é tarefa fácil, pois representa um grande desafio, exigindo que o profissional siga alguns passos importantes. O primeiro deles é elaborar um bom currículo, objetivo, sucinto, que obedeça a ordem cronológica das empresas para as quais trabalhou e os cargos ocupados. Também é importante mencionar as funções desempenhadas, os cursos de aperfeiçoamento realizados, principalmente os de idiomas. Deve citar sua vivência internacional, incluindo as viagens para intercâmbio cultural. Todas as informações importantes e relevantes que compõem seu perfil profissional devem fazer parte do currículo que deve ter objetivos bem definidos.

Não há nada mais difícil para o selecionador que analisar um currículo sem foco, ou seja, aquele onde o profissional não define claramente a área onde deseja atuar. É comum encontrar currículos onde os objetivos profissionais apontam para diversas áreas ao mesmo tempo, como vendas, compras, administrativo, financeiro ou ainda alguma área técnica. Nestes casos é recomendado que o profissional elabore mais de um currículo, cada um direcionado à área específica, na qual ele possua vivência profissional. Desta forma será mais fácil analisar as informações e compará-las ao perfil exigido para cada cargo. 

Cabe também ao profissional lançar mão de seu networking e divulgar suas atribuições profissionais utilizando as ferramentas disponíveis no mercado, principalmente as virtuais, como as redes sociais e o banco de currículos das empresas, disponibilizados através dos próprios sites, além das consultorias especializadas em recrutamento e seleção.

É importante se preparar para as entrevistas e levar em consideração que elas não apenas complementam o currículo como são definitivas na avaliação do perfil pessoal e profissional. 

Aqui vão algumas dicas:

Falar demais ou de menos é uma questão de medida, mas lembre-se que o entrevistador é quem conduz a entrevista. Responder bem às suas perguntas, esclarecer o que ele deseja e não mostrar ansiedade são pontos fundamentais. Também deixar de falar o que deve ser dito é algo inadequado. Há pessoas que para evitar erros ou pela própria timidez, perdem a oportunidade de mencionar fatos relevantes que mostram qualificação, adequação ou qualquer vantagem competitiva do profissional, além de seu real interesse em trabalhar na empresa. Esquecer informações relevantes é o mesmo que falar de menos.

Antes de cada entrevista, pergunte-se sobre o que este empregador quer saber sobre você. Se necessário, anote as informações em um papel e leia repetidamente antes da entrevista, pode ser diante do espelho ou cronometrando o tempo que você leva para expor suas ideais. Este exercício fará bem a você, pois direcionará a fala para o que efetivamente interessa.

Nunca desvalorize a empresa anterior, seu ex-chefe ou um ex-funcionário, isto pode sinalizar indiscrição, falta de reconhecimento e má postura profissional. Reclamar do trabalho anterior pressupõe mágoa ou frustração, um péssimo elemento para a imagem do entrevistado. Pessoas capazes não se lamentam, mas resolvem seus problemas.

Valorizar demais a empresa anterior, seu ex-chefe ou os ex-colegas, igualmente é uma questão de medida. O profissional pode transmitir ao entrevistador uma ideia de que não será capaz de se desvencilhar facilmente da experiência anterior, podendo criar dificuldades diante das novas situações.

É preciso tomar cuidado ao relatar aspectos pessoais que possam comprometer sua contratação. O candidato deve ser honesto, mas não ingênuo. Não tente falar de aspectos pessoais que possam transmitir uma má imagem de si próprio.  Exemplo, “não consigo conviver com gente arrogante”. O entrevistador concluirá que o candidato tem um problema de comportamento a ser superado. É sabido que todos nós temos defeitos, mas não precisamos propagá-los.

Uma atitude altamente recomendável é a de nunca invadir o espaço do entrevistador, como por exemplo, pegar objetos da mesa, se apoiar nela ou fazer perguntas pessoais ao entrevistador, pois ele está, temporariamente, em uma posição de superioridade e deve ser respeitado.  Estas atitudes caracterizam displicência e não serão bem interpretadas.    

Apresentar emoções negativas na entrevista depõe contra o candidato. Um exemplo é mostrar preocupação, irritação, ansiedade ou descontentamento. Portanto, prepare-se para a entrevista, mantenha a calma.

Falar sobre assuntos para o quais você está despreparado é muito delicado, pois é esperado pelo entrevistador que o candidato domine os assuntos que ele mesmo aborde. Quando o candidato acha que está apto para falar de qualquer assunto, e opina sobre áreas que não conhece, os resultados são desastrosos. Calar-se diante de um assunto desconhecido (ou até perguntar melhor sobre o que se trata) é a forma mais correta de não tirar sua credibilidade.

Mostrar exagerada preocupação com salário e benefícios não é bem visto, pois sabemos que ninguém trabalha por esporte, mas é difícil aceitar as pessoas que demonstram forte tendência a valorizar o lado financeiro da oportunidade de trabalho.  Pessoas que demonstram excessiva preocupação com ganhos na entrevista perdem pontos.

Celular ligado, desinformação a respeito da empresa, que demanda pelo menos uma visita antecipada ao site, são comportamentos fatais na entrevista.  Também a apresentação adequada com uso de roupa discreta e elegante, demonstra cuidado e profissionalismo. Em especial para as mulheres, não é recomendado usar roupas provocantes, maquiagem carregada, acessórios estranhos, pois nada disso causará boa impressão. É preciso cuidado para não confundir elegância com extravagância. Lembre-se de que você estará em um contexto organizacional.

A comunicação corporal pode demonstrar fatores como segurança ou insegurança e afetar positiva ou negativamente a entrevista, portanto lembre-se de que o “o corpo fala”. Em nossa cultura, não olhar diretamente para nosso interlocutor, demonstra que escondemos “algo”, portanto,  olhe o entrevistador nos olhos, mesmo que ele não faça o mesmo. Igualmente deve-se tomar cuidado com outros aspectos de comunicação não verbal como gestos repetitivos ou nervosos, olhar preocupado, semblante tenso, etc.

Nunca chegue atrasado, pois para este erro primário e muito comum, não há nenhuma desculpa que o justifique.

Por outro lado, para as empresas, selecionar os melhores candidatos para concorrer a uma vaga não é tarefa fácil, pois além das competências técnicas o candidato avaliado deverá reunir as competências comportamentais exigidas para a função, ou seja, as habilidades e capacidades deste profissional que definem e complementam seu perfil profissional.

Dentre estas competências a serem avaliadas estão o relacionamento interpessoal, o trabalho em equipe, a comunicação, a análise crítica para tomada de decisão, a organização, o controle, a iniciativa, a proatividade, a criatividade, a flexibilidade, a agilidade e a resiliência, entre outras. Estas competências serão medidas através de ferramentas aplicadas por profissionais especializados através de entrevistas situacionais e por competências e aplicação de testes de avaliação psicológica.

Afinal, o processo de contratação de profissionais teve que se adequar ao novo perfil do mercado. A história nos mostra que na década de 50 as empresas eram conservadoras, burocráticas, tinham normas rígidas e os profissionais contratados mantinham-se por longos períodos na mesma função, sem perspectivas de crescimento não havendo nenhuma complexidade ou exigência na contratação.

De 1950 a 1990 as empresas passaram a criar uma estrutura de departamentos, quando então os cargos e as funções começaram a sofrer mudanças. Nesse período passou a ser valorizada a formação técnica para ocupar os cargos, em detrimento de outras competências tão igualmente importantes.

Após 1990 as empresas se tornaram ágeis e dinâmicas, porque a própria inovação trouxe os processos de mudanças contínuas do mercado globalizado. Os profissionais do mercado passaram a ser valorizados não apenas pela formação ou conhecimentos técnicos como também por sua inteligência emocional, ou seja, a capacidade de reconhecer os próprios sentimentos e os dos outros, assim como a capacidade de lidar com eles.

As empresas atuais estão inseridas em um contexto inovador, de rápidas mudanças e devem se ater para o fato de que o mundo “sem fronteiras” desenhou um mercado onde as organizações precisam se manter altamente competitivas. Para isso precisam contar com profissionais cada vez mais qualificados, dinâmicos, comprometidos e participantes, pois o capital humano das empresas representa seu próprio diferencial. 

Portanto, a convergência de interesses entre os profissionais que buscam novas colocações e um mercado que necessita de profissionais cada vez mais preparados e qualificados, constitui-se na realidade atual de um mundo que busca soluções inovadoras, imediatas e criativas.


Ana Maria Ramos
Central do Trabalho Recursos Humanos