quinta-feira, 15 de março de 2012

Importância do Treinamento Comportamental [Parte 2]

As instituições que estão “antenadas” às exigências do cliente externo, devem estar antenadas também às necessidades do cliente interno, seus colaboradores. É muito gratificante estar semeando uma nova realidade que já se faz urgente.

O profissional dessa nova era tem experienciado um alto nível de adversidades, pela função e pelos desafios de gerenciar novas e diversas exigências do mercado. Qualidade, Estratégia, Resultado, Excelência, Consultivo, Pró-ativo, Foco no Negócio e no Cliente, Soluções, Assertividade, Tempo, entre outras tantas.

O investimento em formação e desenvolvimento de profissionais está muito mais ligado à técnica, ficando o lado comportamental em segundo plano.
O interessante, é que para dar conta das exigências modernas, é necessário que os dois lados do cérebro esquerdo e direito estejam integrados, equilibrando o uso das potencialidades. 

Veja a figura abaixo:




Os dois hemisférios do cérebro não funcionam como interruptores de liga-desliga, em que um se desativa no momento em que o outro entra em ação. Ambas as partes exercem alguma função em praticamente tudo o que fazemos. 

Certas regiões do cérebro são mais ativas do que outras no que diz respeito a determinadas funções. Isso é comprovado cientificamente pela medicina.

O hemisfério esquerdo controla o lado direito do corpo e o lado direito controla o lado esquerdo do corpo. O cérebro é contralateral.

O hemisfério esquerdo é sequencial, enquanto que o hemisfério direito é simultâneo. 

O hemisfério esquerdo é especialmente eficiente no reconhecimento de eventos em série, eventos cujos elementos ocorrem um após o outro como a leitura de uma frase em que você lê palavra por palavra na sequência, enquanto que o hemisfério direito é especializado em ver muitas coisas de uma vez, em ver todas as partes de uma figura geométrica e aprender a sua forma, ou em observar todos os elementos de uma situação e aprender o seu significado. Resumindo, o hemisfério direito é a imagem, enquanto que o hemisfério esquerdo são as mil palavras para descrevê-la.

O hemisfério esquerdo é especializado em texto e o hemisfério direito é especializado em contexto. É nesse aspecto que fica mais clara a complementariedade dos dois hemisférios.
 
Não nos comunicamos apenas com a transmissão da mensagem feita pela voz, nós também gesticulamos, fazemos expressões com nossos rostos, damos enfase em algumas palavras subindo a entonação da nossa voz. Esses elementos, são cruciais numa negociação, numa interação com cliente. Dentro deste aspecto, o hemisfério esquerdo trata DO QUE é dito, enquanto que o hemisfério direito se concentra em COMO é dito.

O hemisfério esquerdo analisa pormenores, enquanto o hemisfério direito sintetiza a visão do conjunto.

O hemisfério esquerdo participa da análise da informação, por reduzir um todo coerente a seus componentes fundamentais, enquanto que o hemisfério direito é especializado em fazer a síntese, em unir elementos isolados para obter uma visão de conjunto das coisas, em combinar seus componentes para formar um todo coerente. 

O esquerdo converge para uma resposta única e se concentra em categorias, enquanto que o direito faz uma visão mais lúdica em ter visão do conjunto, mais focado nas relações.

A grande maioria das pessoas foi acostumada a pensar e agir de acordo com o paradigma cartesiano, baseado no raciocínio lógico, linear, seqüencial, deixando de lado suas emoções, a intuição, a criatividade, a capacidade de ousar soluções diferentes.

Necessitamos, portanto, estimular as diversas áreas do nosso cérebro, ajudando os neurônios a fazerem novas conexões, diversificando nossos campos de interesse, procurando nos conhecer melhor para agirmos com maior precisão e acerto.

O fato relevante é que no mundo moderno, especialmente na vida corporativa, precisamos ter os dois hemisférios desenvolvidos e funcionando de forma integrada.

Vivemos um tempo em que temos de nos esforçar para controlar bem nossas empresas e nossas carreiras (cérebro esquerdo) em função da velocidade das mudanças, mas não podemos parar de criar e inovar (cérebro direito) para melhorar nossa competitividade.

Desenvolver dois cérebros para ter alta performance.

Fica aqui a minha admiração pelos profissionais que vislumbraram essa necessidade e buscaram trazê-la a seus profissionais, proporcionando o experimentar, o interagiros dois lados, permite o fluxo de novos pensamentos para velhos modelos, novos modelos para velhas ideias, novas ideias para velhos processos, novos processos para velhos pensamentos. Use seus, o refletir, e argumentar, isso traz benefícios ao profissional, ao grupo, à equipe, à empresa.

Carla Tambellini
coach e facilitadora da Central do Trabalho

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