segunda-feira, 30 de julho de 2012

5 patrocinadores vilões das Olimpíadas de Londres

Apesar de terem investido cifras altíssimas nos jogos, algumas empresas podem voltar para casa sem medalha e sem a simpatia do público


Os Jogos Olímpicos são reconhecidos historicamente por promoverem a união dos povos e, geralmente, deixam um legado positivo, sem grandes polêmicas. Entretanto, por envolverem praticamente todas as nações do mundo e também serem uma gigantesca plataforma de negócios, nunca passam ao largo do contexto político-econômico do período em que são realizados.
Apesar de todo o ar de fraternidade, os jogos já foram boicotados, alvo de terroristas, palco para protestos de atletas e até de uma tentativa fracassada do regime nazista de propagar seus ideais para o mundo (que acabou indo por água abaixo quando um atleta negro derrotou um alemão).
Agora, em meio a todos os debates sobre sustentabilidade e vida saudável, além de – claro – uma forcinha do poder de repercussão e mobilização da internet, a polêmica da vez envolve alguns dos grandes patrocinadores do evento. Manifestantes e até mesmo parlamentares de Londres já teceram duras críticas à presença de algumas marcas, alegando que elas têm valores contraditórios com os dos Jogos.
Veja abaixo 5 marcas que, apesar de terem investido cifras altíssimas nas Olimpíadas, estão sendo vistas como vilãs do evento.

McDonald's

Apesar de todos os esforços para fugir do estigma de fabricante de comidas não-saudáveis, a marca de lanches tem sido um dos maiores alvos dos manifestantes e também da Câmara de Londres, que pediu sua saída do evento. A alegação é de que uma empresa que vende alimentos que contribuem para o aumento dos índices de obesidade infantil e outras doenças decorrentes da má alimentação não poderia estar associada a um evento esportivo.

Coca-Cola

A Coca-Cola sofre os mesmos ataques que a McDonald's e também foi citada pela Câmara de Londres. O detalhe é que, assim como a empresa do Ronald, a marca de bebidas é patrocinadora histórica dos Jogos.

Dow

Gigante do setor químico, a empresa foi responsável por um grande desastre em Bophal, na Índia, quando 40 toneladas de gases tóxicos vazaram de uma fábrica de pesticidas sua. Apesar de o acidente ter ocorrido em 1984, ambientalistas britânicos não esqueceram.

BP

A British Petroleum também foi responsável por um desastre ambiental. E por não fazer muito tempo, ainda está no megafone dos manifestantes. Para quem não lembra, foi uma plataforma da companhia que derramou cerca de 4 milhões de barris de petróleo no Golfo do México em 2010, depois de explodir e matar 11 pessoas.

BMW

Até a charmosa marca de carros acabou sendo atingida pela ira dos politicamente corretos. Apesar de terem chegado com toda pompa aos Jogos e, inclusive, defendo o tema da sustentabilidade, seus carros utilizados como transportes oficiais são sedãs não muito econômicos, que exigem bastante gasolina para percorrerem as ruas de Londres.

Mais uma

Por fim, embora não seja uma empresa, até a administração de Londres entrou no bolo das odiadas. Apesar de toda a contenção de gastos e aumento de impostos por causa da crise, a cidade ofereceu isenção de impostos para a venda de produtos das marcas patrocinadas, além de montar um grande esquema de fiscalização, junto ao comitê organizador dos jogos, para evitar que qualquer outra empresa – um pipoqueiro que seja – use a marca olímpica. A boa notícia é que os grandes patrocinadores não aceitaram o desconto fiscal (e, convenhamos, nem precisavam mesmo, né?). 

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