quinta-feira, 19 de abril de 2012

Alienação traz o domínio... do outro



É doloroso ver a alienação de um povo. O domínio que sempre existiu de uns para com outros outrora de forma sigilosa, hoje está escrachado e sendo realizado em massa.
Buscando ser didática, vou separar o povo em populações. Claro que não abordarei todas as “populações”, mas algumas mais relevantes a essa reflexão.
Atemos as populações adultas: “I”, “L”, “D”, “V” e “E”.

População “I”

A população que denomino de “I” está infantilizada, suscetível, amedrontada e dependende cada vez mais de apego, por consequencia, são “presas” fáceis. Sendo assim, são atraídas por pessoas que em nome de Deus lhe prometem a salvação em troca de contribuições em espécie. Se fosse só isso, tudo bem, mas não o é. Essas pessoas são “imadas” e “sugadas”. E quanto maior for o grau de ingenuidade e pureza, maior é a sede do outro. Quem é o outro? A população “L”.

População “L”

Os “L”, dominam a população “I”, que buscam consolo e solução aos seus problemas e são acolhidos com palavras firmes e fortes, impregnadas de técnicas de oratória, buscando provocar catarse. O que acontece é uma profusão de sensações antagônicas, de culpa, de libertação, de não serem dignos, de esperança, de serem possuídos pelo demônio, de salvação, de serem os responsáveis pelas próprias desgraças, de serem vítimas da injustiça, e essa bagunça emocional, desencadeia uma série de reações bioquímicas que trazem uma sensação nunca sentida antes. A pessoa exterioriza. Esse efeito em grupo se reproduz de forma muito maior, pois entram em sinergia. Muitos se sentem aliviados, libertos, e claro voltam para sentir novamente, pois o efeito é curto, e voltam novamente. Esse ciclo lembra algo?

O Ciclo da Dependência Química

O ciclo de vida da dependência começa com um problema, desconforto ou algum tipo de dor emocional ou física que a pessoa esteja experimentando. Elas acham muito difícil de lidar com aquilo. Sentem que a sua atual situação é insuperável, e não vê boa solução para o problema. 

Esta pessoa experimenta drogas e álcool. As drogas PARECEM solucionar seu problema. Ela se sente melhor. Pelo fato de agora ela PARECER mais capacitada para lidar com a vida, as drogas se tornam valiosas para ela. A pessoa procura nas drogas ou álcool a cura para sentimentos indesejáveis. Os efeitos bioquímicos que as drogas e o álcool proporcionam tornam-se uma solução para o seu desconforto. Inadvertidamente a droga ou o álcool agora se tornam valiosos porque a ajudaram a se sentir melhor. Este alívio é o motivo principal de uma pessoa usar drogas ou beber pela segunda, terceira, quarta vez. É só uma questão de tempo antes de ela se tornar completamente viciada e perder a habilidade para controlar seu uso da droga. A pessoa viciada está presa numa armadilha.

Narconon

Uma boa analogia! É exatamente isso que a população “L”provoca na “I”, “dependência”, até o ponto em que a pessoa perde a habilidade de pensar. É nesse ponto, neste estado que a população “L” inicia o trabalho de lavagem cerebral, imbuindo na mente das pessoas, através de palavras muito bem articuladas e também através de músicas e gestos, algumas alegres outras comoventes, mas todas com mensagens subliminares, com imantação e que funcionam como âncoras para que disparem a qualquer momento e a qualquer lugar, lembrando que é um ser pequeno e precisa de salvação.
Dentro da população “L”, existem algumas particularidades, portanto a divido em três linhagens, existem outras. Essas linhagens disputam de forma acirrada pelos “I”.
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Uma das linhagens “L”, a , coibem seus seguidores de se informarem, só é permitido, ouvir música, ler e assistir programas produzidos por eles, assim permanecem “puros”, livres das tentações. Quem desobedecer, estará servindo a satanás, e será punido. A população “I” acredita e obedece. Imaginem quanto faturam os com vendas de CDs, revistas, livros, programas de TV, tudo produzido por eles. Como todo o resto é impróprio, fruto do pecado e da perversão, seus seguidores são incapazes de formarem um senso crítico. Viram escravos do que lhes é dito e como servos, passam a pregar o que nem compreendem. Não ensinam como resistir à tentação, apenas determinam que seus seguidores a evitem. É impossível compreender algo, sem ter parâmetros de comparação, sem poder analizar, se fortalecer. Para os “L¹”, quanto mais ingênuo e puro for seu seguidor, melhor, sua energia tem mais valor. Também poupam trabalho e os porões não se enchem tanto.

“O prisma tem várias cores, se eu só tiver a visão de uma face, acreditarei que só existe uma cor. Para chegar perto da verdade, preciso conhecer o todo. Conhecer o todo significa pesquisar, ler, ser curioso, expandir em cultura.”

Outra linhagem dos “L”, a, coibem de forma mais sutil, hoje em dia, sem tanto domínio exercido tempos atrás, então seus seguidores após ouvirem engessadas palavras de culpa, correm para as baladas, festas, bebidas, jogos, vídeos, TV, internet, qualquer coisa que os distraia e afaste esses pensamentos assustadores, mas basta uma pedra no caminho para esquecerem a distração e cairem no mundo da culpa, do arrependimento, da impotência. E aí, correm para ouvir novamente as engessadas palavras de culpa e a balbuciar músicas com letras “desconexas”, como se fosse uma ladainha, mas tudo é válido quando há fragilidade. E quando a “escorregada” é grande, os filhos pródigos voltam e frágeis e quanto mais frágeis, melhor. Hoje, a forma de domínio dos é através da fragilidade. Já muito diferente do passado.

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A última linhagem dos “L”que abordarei é a. Já exite há tempos, mas a adesão da população “I” em grande escala é recente. Essa linhagem se denomina como a direita da . Conseguiram destaque, e adeptos plagiando a , a diferença está na sutileza que por enquanto ainda existe, mas por pouco tempo, pois já estão servindo ao ego.

A analogia que me ocorre do “modo operante” dos “L” para com esses seguidores, é com a história “O velho do saco”.

Havia um velho homem que circulava pela cidade raptando crianças. Essas crianças nunca mais eram encontradas.

Segundo a lenda, as crianças do saco que o velho carrega, eram crianças que estavam sem nenhum adulto por perto, em frente às suas casas ou brincando na rua. O velho pegaria a criança caso ela saísse sem ninguém de dentro de casa. Essas crianças eram levadas para sua casa e fazia com elas sabonetes e botões.

No início do surgimento da lenda do Velho do Saco, os pais amarravam uma fita vermelha na perna da cama da criança indesejada e o velho do saco passava a noite de casa em casa, se houvesse uma fita vermelha na perna da cama o velho do saco poderia levar embora a criança em questão. Essa história era a versão original da lenda do velho do saco, os pais a usavam para assustar as crianças ou para forçarem as crianças a serem obedientes.

O que está acontecendo?

Estão colocando Deus no lugar do homem do saco; a população “I” no lugar das crianças e quem está fazendo o papel dos pais? A população “L”. Uma população que chantageia, coibe, distorce, amedronta, distrai, fragiliza, enriquece, e a população “I”, “lobotomizada”, permite que a fita vermelha seja amarrada em seus tornozelos, agradece e paga por esse serviço.
Por que tanta carência, por que da ingenuidade? Estamos falando de adultos! Por que as pessoas não querem enxergar a realidade? Por que estão tão despreparadas para escutarem e poderem lutar contra a dominação? Por que preferem a ignorância à cultura? Por que acreditam em histórias da carochinha? Por que tamanho encantamento com narrativas férricas? Por que tanta passividade?

Não há uma simples explicação, o processo é muito complexo, mas quanto maior for alienação, maior será o poder das mensagens subiliminares. Maior será a cegueira.

População “V”

A população “V” trabalha na contramão dos “L”, prega a discrição. Não se interessa pela “massa”, são seletivos. Hierarquia rígida. Cada membro possui uma função específica. Os olheiros, sempre atentos em busca de pessoas diferentes e diferenciadas, os escolhidos, que vêm para agregar. Buscam o melhor de cada área, de cada concorrente, de cada segmento, com capacidades técnicas, espirituais, holísticas, filosóficas, a religião independe, desde que estejam entre ou podem se tornar os melhores, o objetivo é coletar informações, identificar e conhecer forças e fraquezas que cada um traz, por isso a diversificação é valiosa. 

Sendo os melhores ou por possuíem potencial para serem, porque aceitam entrar nessa população? Justamente para se sentirem aceitos. Acreditam ser diferentes dos outros, não são compreendidos, principalmente na infância. A maioria chega com a autoestima baixa e com o tempo, o que se vê são “rinhas” de ego entre eles. As pessoas que possuem o ego inflado, são as mais inseguras, precisam estar amparadas em grupos, em “postos” ou cargos onde podem exercer o poder. Por isso o dinheiro por si só não basta.
Fazem trocas com os escolhidos, quem transmite seus conhecimentos, capacidades, recebe os ensinamentos e a proteção da população. Há também aqueles que só possuem o dinheiro, não possuem “talentos”, esses também são aceitos, claro. Dessa forma se fortalecem, formam uma teia quase invisível e operam em todos os lugares. Acreditam ser uma população de indivíduos superiores, evoluídos. Trabalham com a simbologia e com o oculto. Os ensinamentos milenares são transmitidos lentamente, por mérito.

Cada novo integrante é vigiado e submetido a várias provas, que confirmem confiança, dedicação e comprometimento. Essas provas são preocupantes, não para eles, mas para os seres que consideram “inferiores”. Outra preocupação de maior proporção é com a somatória: da força da união entre os membros, dos conhecimentos de riquezas inestimáveis, coletadas ao longo dos séculos de forma contínua, utilizando os conhecimentos dos escolhidos. 

Possuem ritos próprios, ou seja, não seguem o padrão da sociedade vigente, buscam estar acima da lei. A maioria dos que controlam a lei fazem parte dessa sociedade. Há privigégios dos “seus” em detrimento dos outros que compõem outras populações. A justiça tem o peso que determinam, trazendo grandes prejuízos as demais populações. Se há ou não punição interna, não importa, o que importa é que seus integrantes são absolvidos de crimes, roubos, distorções, diante da sociedade incrédula. Um verdadeiro absurdo, uma grande conspiração. Eliminam testemunhas, provas, trancam a vida profissional de um desafeto, perseguem, incriminam inocentes, acobertam, enriquecem. 

Monopolizam a economia. Atitudes inconsequentes dessa população dita “seleta”, provoca o aumento das populações “I” e “D”, para a alegria da “L” e suas linhagens. Uma grande lástima! Fazem grandes “obras” internas e algumas externas, é a forma de mascarar sua existência. 

Acredito que a intenção inicial de se formar essa população, fora com o intuito de unidos, se protegerem da injustiça, hoje, o que se vê é que unidos protegem os que cometem injustiça. Mais uma vez o que seria digno, foi deturpado pela ganância dos homens. O que buscam, já sabemos, é o Domínio, mas qual especificamente?

O que muitos que adentram não sabem, é que seu “diferencial”, já não o pertence mais, agora faz parte do coletivo, são “sugados” e os ensinamentos que recebeu só têm efeito se estiver junto a essa população. Por isso que quando alguns “adormecem”, por achar que já são autosuficientes, ou por não concordarem com o que vem pela frente, (claro, os detalhes sórdidos só são ditos com o tempo) caem na mediocridade. Quem adentrar deve estar ciente que é via única e terá que assistir passivamente e até executar “obras” contrárias aos seus valores e crenças.

População “D”

A outra parte da população, a que denomino “D” pertence aqueles que nada têm a perder. Estão abaixo dessa linha de influência. Vivem num submundo, onde o discernimento não existe mais. 

Como inexiste ingenuidade e tão pouco a pureza nessa população, e a manipulação seria árdua e duvidosa não interessam de maneira geral a “L” em termos de energia, só a alguns poucos iniciantes da “L” que precisam construir a sua “marca”, mostrar serviço. É como aquele recém empresário, que aceita qualquer cliente.

O interesse da “L” de forma geral, advem da troca pelo serviço “sujo” quando necessário, aí a “V” também a utiliza. 

Incomodam pouco, são pessoas que não acumulam nada, nem conhecimento, nem bens, nem valores. Não são tementes ao plano físico, nem tão pouco espiritual. Vivem da troca imediata. Não competem e não são competidos por nenhuma outra população, apenas entre eles mesmos. O incoveniente é que dentre eles há os agressivos, que roubam, estupram, matam, por moedas, ou por loucura.

População “E”

Outra população, a população “E”, é a que tudo vê. Uma população bem intensionada, culta, antenada, informada, sensível, que tem por hábito pensar. É uma população inconformada. Para os “E”, é quase que insuportável viver num mundo tão hipócrita.

Acreditam que ser vem muito antes do ter, e quem realmente é não precisa do domínio para ser. 

Uma população vetada, punida, perseguida que na sua maioria buscam através da arte, desnunar os olhos do povo, denunciar os abusos. Fazem o que podem e o que não podem. 

Exteriorizam sua indignação: através das pinturas, nas letras das músicas, nas poesias, na literatura... Nessas obras há protestos e denúncias, mas não de forma explícita, pois precisam se resguardar, do contrário serão perseguidos e “calados”, como muitos foram. 

Utilizam camuflagens, uma delas são as metáforas. É como se gritassem para surdos. Nosso povo alienado nem sequer sabe ler, os que sabem tem preguiça, entender mensagens através de metáforas? Ilusão! Também é necessário excluir os de fita vermelha amarrada ao tornozelo.

A impotência, junto com o receio da represália, traz para esse bravo povo, criativo, inteligente e culto, uma frustração sem igual e muitos recorrem ao álcool e as drogas para conseguirem continuar a jornada. O fim jamais justificará os meios, mas infelizmente acontece, para prejuízo do povo.

Existem outras populações, mas como mencionei no início, não serão abordadas nessa reflexão. Também existe uma força maior, uma força suprema que gosto de chamar de Deus e que está atenta aos atos e desatos!

“Na vida nada parece o que é, mas tudo é o que parece.”

Texto e frase de Joséphine Berloquin

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